13 abril, 2005

NELSON FREIRE

Acabamos de chegar do Palácio das Artes, onde Amélia e eu assistimos ao Concerto da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais.

Na primeira parte, enlevamo-nos com a 6a. sinfonia em fá maior, opus 68, a "Pastoral", de L. van Beethoven. Trata-se de uma das mais populares, pois é extremamente descritiva:
1° movimento: "despertar de sentimentos felizes na chegada ao campo";
2° movimento: "cena à beira do riacho";
3° movimento: "alegre reunião de camponeses";
4° movimento: "trovões e tempestade";
5° movimento: "canto do pastor: sentimentos alegres e gratos após a tempestade".
O prato principal veio na segunda parte: o grande pianista Nelson Freire, acompanhado pela OSMG, brindou-nos com o Concerto n. 4 em sol maior, opus 58.
Aí, meu caro, a emoção foi de arrepiar. O mineiro de Boa Esperança, no esplendor de seus 61 anos, nos faz duvidar que o homem seja a evolução do macaco: parece feito por Deus, mesmo! Depois de pronto, quebrou-se a forma...
Ao final, após quase vinte minutos de aplausos, Nelson Freire gentilmente tocou mais duas peças para piano. A platéia delirou.
Ainda não vi, mas já recomendo Nelson Freire, o filme, dirigido por João Moreira Salles. Tá na minha lista.