25 junho, 2006

Domingueira

Passeio domingueiro este de hoje: estamos aqui na Unilar, Amélia, Ana Letícia, Adélia (sobrinha-afilhada) e eu.

Unilar é apresentada oficialmente assim:

UNILAR - XXIII Feira Nacional de Decoração, Móveis, Paisagismo e Equipamentos do Lar / 2º Congresso Mineiro de Paisagismo Data: 17/06/2006 a 25/06/2006 Local: Expominas - Centro de Feiras de Minas Gerais George Norman Kutova Av. Amazonas, 6030 - GameleiraPromoção: TECNITUR - Feiras, Congressos e Eventos Tel. 2103-8700 - Fax. 2103-8707E-mail: unilar@tecnitur.com.brSite: www.tecnitur.com.br. A Unilar, uma das poucas feiras do país a completar 23 anos ininterruptos e consecutivos de realização, é o evento com maior destaque nacional em seu setor. O visitante encontra várias atrações, promoções, sorteios e mini cursos. O expositor divulga sua marca e comercializa seus produtos e/ou seus serviços, em salões especiais, estrategicamente projetados para promover tendências e lançamentos em setores segmentados.

Pois é isso mesmo: a gente chega e já se admira com o Expo-Minas, centro de convenções e exposições gigantesco, inaugurado há algumas semanas com a Reunião Internacional do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Claro que o aspirante à Presidência da República, o atual gov. Aécio Neves, inaugurou tudo com pompa e circunstância. Esperto, ele, pois está fazendo uma administração voltada para os holofotes: promete entregar a via expressa que ligará o centro de BH ao Aeroporto Tancredo Neves (Confins); alardeia o famoso déficit zero nas contas do Estado (neca de aumento pros funcionários); paga ao funcionalismo salários e 13º em dia; badala nas festas; dizem que andou saindo com a Daniela "ex-Ronaldo Fenômeno Cicarelli; emplacou samba enredo na Sapucaí, com o tema "Estrada Real"; não ataca Lula e mantém cordialidade com petista Fernando Pimentel - prefeito aprovadíssimo; elogia o vice-presidente José Alencar, etc.

De minha parte, fico empolgado com o projeto da Estrada Real, que tem resgatado a auto-estima dos "grotões" das Minas Geraes: cidadezinhas outrora importantes por causa do Ciclo do Ouro estavam à míngua, embora guardassem tesouros preciosíssimos da época colonial. Agora, temos um roteiro bem planejado, muitos lugarejos se preparam com pousadas e comodidades ofertadas aos turistas e historiadores.
Aqui na Unilar, há uma exposição de jardinagem que enche os olhos. Amélia fica doida de tanto admirar jardins, folhagens, flores. A Ana está com minha nova Sony N1 e já está fotografando tudo. Com certeza vai publicar alguma no MineirasUai!, o que também farei neste PrasCabeças.
Assim o domingo vai passando. Ao ver este computador aqui no stand do Estado de Minas, não resisti: enquanto "as meninas" circulam pelos corredores e admiram design arrojados de móveis e objetos de decoração, fico aqui postando. É um vício?

Há um setor da Unilar que atrai muita gente: lá se expõem mil e uma quinquilharias para cozinha, como cortadores de legumes com os quais se podem fazer esculturas de cenouras, rosas de repolho, omeletes sem óleo, bicos para evitar que as torneiras respinguem, massageadores que curam até unha encravada, escovas sem graxa que fazem brilhar os sapatos, descascadores de abacaxi, água imantada e poltronas vibratórias! Parece um mercado persa. É até engraçado o modo como os vendedores insistem em que experimentemos de tudo. Um pessoal do Rio Grande do Sul trouxe queijos e embutidos (salames, salaminhos, mortadelas) e gritam: -Olhaqui, freguês, iguarias do sul! A gente se aproxima, na expectativa de saciar a fome - afinal, mineiro que é mineiro adora comer de graça! - mas é minúsculo o naco oferecido. Demos uma voltinha e lá estamos, provando de novo, hehehe!

Algumas indústrias moveleiras de alta qualidade também aproveitam a feira; oferecem descontos significativos, parcelam a dívida, distribuem brindes. Alguns restaurantes e uma chopperia repõem as energias dos visitantes.

Há produtos eletro-eletrônicos que são oferecidos com desconto, bem como pequenas utilidades: canequinhas de plástico, sanduicheiras elétricas e lâmpadas. Há aparelhos de DVD, televisão, geladeiras, tudo com descontos especiais. lDois ou três espaços divulgam o artesanato mineiro. Quase todo o mundo sai carregado de sacolas.

Neste stand mesmo em que digito, presenciei um sem-número de vendas de TV a Cabo da Way+Banda Larga, a R$ 45 nos três primeiros meses. Depois... bem, depois o preço é normal, mas quem pensa nisso?

Se na minha pequena Nova Era, tinha prazer em correr entre as "barraquinhas" na época de S.João, quando as atrações eram os leilões de bezerro, tendas de tiro-ao-alvo, canjica grossa, pastel-de-queijo, pipoca e muita música nos alto-falantes ("alguém oferece para alguém que sabe quem" gritava o locutor), agora estamos na era da eletrônica.

E ao voltar para casa, mais à noite, vamos saborear a canjica feita pela Amélia, com amendoim e coco ralado, quentinha, quentinha...
É servido?

UPDATE: Algumas fotos: