Aproxima-se o dia do plebiscito sobre o desarmamento.
Sinto-me cada vez mais como cego no meio do tiroteio. Estamos sendo soterrados por uma avalanche de números, estatísticas, dados conflitantes, falsos argumentos onde o que menos falta é consistência. A questão colocada é hamletiana:
- To be or not to be ?
- Sim ou não ?
- A favor ou contra?
Meu mal-estar me surpreende: por que estou enojado diante da proposta do tal plebiscito?
- Por que não vejo sentido nele: quais serão as consequências de um "sim" e de um "não"? A violência vai acabar? Vai diminuir? Seremos todos massacrados pelos bandidos? Vamos nós ficar mais bonzinhos, educados, respeitadores dos direitos uns dos outros? Reinará, enfim, a paz entre os homens?
Recorro à utopia: sonhar é preciso, viver não é preciso - bem sei que a frase original não é assim.
"Utopia" vem do grego (ouk=não + tópos = lugar, ou seja, lungar nenhum, lugar que não existe) e deu nome à famosa alegoria de Thomas More, acerca de um sistema político igualitário, trabalho dividido de acordo com a capacidade de cada um, igualdade social, talvez um "comunismo" ou "socialismo" idealizado.
Quanto ao tema do desarmamento, qual o meu mundo idealizado? Um mundo sem violência, um mundo onde todos se respeitassem, um mundo onde não haveria crimes, assaltos, abusos...
- Ah! mas isto é um sonho, este mundo não existe!
Pois é o que me resta: sonhar. Não um sonho delirante, pura fantasia, mas um sonho que pede ações concretas, que me ponha a trabalho. Na minha insignificância, posso manifestar meu desejo de que não existam armas no "não-lugar" (que é igual a "todo-lugar").
- Então você vai votar pelo "Sim" ao desarmamento?
- É isso, votarei no "Sim".
- Há alguma explicação racional para seu voto?
- Não, nenhuma. Assim como não vejo explicação racional para este plebiscito.
- Então, vote pelo "não"!
- E meu sonho, o que faço com ele?
Sinto-me cada vez mais como cego no meio do tiroteio. Estamos sendo soterrados por uma avalanche de números, estatísticas, dados conflitantes, falsos argumentos onde o que menos falta é consistência. A questão colocada é hamletiana:
- To be or not to be ?
- Sim ou não ?
- A favor ou contra?
Meu mal-estar me surpreende: por que estou enojado diante da proposta do tal plebiscito?
- Por que não vejo sentido nele: quais serão as consequências de um "sim" e de um "não"? A violência vai acabar? Vai diminuir? Seremos todos massacrados pelos bandidos? Vamos nós ficar mais bonzinhos, educados, respeitadores dos direitos uns dos outros? Reinará, enfim, a paz entre os homens?
Recorro à utopia: sonhar é preciso, viver não é preciso - bem sei que a frase original não é assim.
"Utopia" vem do grego (ouk=não + tópos = lugar, ou seja, lungar nenhum, lugar que não existe) e deu nome à famosa alegoria de Thomas More, acerca de um sistema político igualitário, trabalho dividido de acordo com a capacidade de cada um, igualdade social, talvez um "comunismo" ou "socialismo" idealizado.
Quanto ao tema do desarmamento, qual o meu mundo idealizado? Um mundo sem violência, um mundo onde todos se respeitassem, um mundo onde não haveria crimes, assaltos, abusos...
- Ah! mas isto é um sonho, este mundo não existe!
Pois é o que me resta: sonhar. Não um sonho delirante, pura fantasia, mas um sonho que pede ações concretas, que me ponha a trabalho. Na minha insignificância, posso manifestar meu desejo de que não existam armas no "não-lugar" (que é igual a "todo-lugar").
- Então você vai votar pelo "Sim" ao desarmamento?
- É isso, votarei no "Sim".
- Há alguma explicação racional para seu voto?
- Não, nenhuma. Assim como não vejo explicação racional para este plebiscito.
- Então, vote pelo "não"!
- E meu sonho, o que faço com ele?
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