À primeira aula não fui, pois burramente pensava:
- Eu? eu sou duro, não sei dançar....
Não saber dançar era exatamente o motivo que eu teria, não?
Fui, pois, assistir à segunda aula, no salão do Barroca Tênis Clube, bem em frente ao apartamento onde morávamos. Contagiaram-me a animação do grupo e o som balançante dos boleros tradicionais, executados pelas orquestras gravadas ainda nos discos de vinil e remasterados nos CDs: "Billy Vaughn", "Ivalnildo, Sax de Ouro", "Xavier Cugat", "Glenn Miller", "Românticos de Cuba", "Ray Conniff", "Orquestra Tabajara" entre outros. Era muita breguice... mas era delicioso! Aderi imediatamente e aquela atividade se tornou lazer semanal, compromisso inadiável e insubstituível.
Aos amigos que se espantavam e, não sem ironia, interrogavam-me a respeito de minha animação, respondia:
- Marido de mulher-que-dança, se não dança, dança!
Com efeito, Amélia era e ainda é dançarina de primeira categoria, disputada pelos professores e pelos colegas do grupo.
Nos finais de semana íamos a algum lugar que tivesse baile e nos esbaldávamos! De minha parte, com as professoras e, principalmente, com Amélia, meu par constante, fui me aperfeiçoando. Modéstia à parte, cheguei a ser considerado um pé-de-valsa (hehehe).
Dois pra lá, dois pra cá era o passo básico: aprendi a rodopiar, a jogar a dama para cima, fazer volteios e muitos outros.
No meu aniversário, organizamos a festa com o nome de Brega's Night Club, na qual os colegas do curso, juntamente com os professores, demos um show: Amélia foi a "dançarina" da noite, um sucesso que muito me orgulhou. Alegria, animação, música e dança... dançar é, realmente, uma terapia.
Belo Horizonte, na época, abrigava duas "gafieiras" tradicionais: o Elite e o Estrela. Frequentávamos ambas.
Amigos de outros estados e até estrangeiros, que por aqui passaram, conduzi ao Estrela, principalmente, para assistirem aos shows dos dançarinos "da casa".
Certa vez, o reitor da Univesidade de Barcelona (Espanha) e o diretor da sua Faculdade de Psicologia, que ciceroneei por aqui, ficaram de queixo caído. Vibraram!
Outra vez, ao retornar de um Congresso de Psicodrama em Juiz de Fora, encontro em meu apartamento o casal amigo (o Fernando e a Walkíria), recém chegados de João Pessoa-PB para passar uns dias conosco. Amélia, ao me abraçar, disse-me:
- Nossa, como você emagreceu nestes 5 dias!
De pronto respondi:
- Também pudera, dancei todas as noites!
- Com quem você dançou?, perguntou o Fernando, se Amélia ficou aqui?
- Com as colegas do congresso... umas dezessete!
O casal ficou assustadíssimo e perguntou à minha mulher se não tinha ciúmes. Logo expliquei:
- Quem dança com dezessete não fica com nenhuma!
Dançar é um ato de prazer compartilhado: enlaçados e imersos na música de rítmos bem marcados (samba, bolero, fox-trot, twist, cha-cha-cha...) temos momentos de felicidade, alegria, bom humor, relaxamento. Alguém definiu a dança como o pretexto para um longo amplexo!
É isso aí, "é melhor ser alegre do que triste", nos ensinou Vinícius de Moraes no Samba da Bênção!
- Eu? eu sou duro, não sei dançar....
Não saber dançar era exatamente o motivo que eu teria, não?
Fui, pois, assistir à segunda aula, no salão do Barroca Tênis Clube, bem em frente ao apartamento onde morávamos. Contagiaram-me a animação do grupo e o som balançante dos boleros tradicionais, executados pelas orquestras gravadas ainda nos discos de vinil e remasterados nos CDs: "Billy Vaughn", "Ivalnildo, Sax de Ouro", "Xavier Cugat", "Glenn Miller", "Românticos de Cuba", "Ray Conniff", "Orquestra Tabajara" entre outros. Era muita breguice... mas era delicioso! Aderi imediatamente e aquela atividade se tornou lazer semanal, compromisso inadiável e insubstituível.
Aos amigos que se espantavam e, não sem ironia, interrogavam-me a respeito de minha animação, respondia:
- Marido de mulher-que-dança, se não dança, dança!
Com efeito, Amélia era e ainda é dançarina de primeira categoria, disputada pelos professores e pelos colegas do grupo.
Nos finais de semana íamos a algum lugar que tivesse baile e nos esbaldávamos! De minha parte, com as professoras e, principalmente, com Amélia, meu par constante, fui me aperfeiçoando. Modéstia à parte, cheguei a ser considerado um pé-de-valsa (hehehe).
Dois pra lá, dois pra cá era o passo básico: aprendi a rodopiar, a jogar a dama para cima, fazer volteios e muitos outros.
No meu aniversário, organizamos a festa com o nome de Brega's Night Club, na qual os colegas do curso, juntamente com os professores, demos um show: Amélia foi a "dançarina" da noite, um sucesso que muito me orgulhou. Alegria, animação, música e dança... dançar é, realmente, uma terapia.
Belo Horizonte, na época, abrigava duas "gafieiras" tradicionais: o Elite e o Estrela. Frequentávamos ambas.
Amigos de outros estados e até estrangeiros, que por aqui passaram, conduzi ao Estrela, principalmente, para assistirem aos shows dos dançarinos "da casa".
Certa vez, o reitor da Univesidade de Barcelona (Espanha) e o diretor da sua Faculdade de Psicologia, que ciceroneei por aqui, ficaram de queixo caído. Vibraram!
Outra vez, ao retornar de um Congresso de Psicodrama em Juiz de Fora, encontro em meu apartamento o casal amigo (o Fernando e a Walkíria), recém chegados de João Pessoa-PB para passar uns dias conosco. Amélia, ao me abraçar, disse-me:
- Nossa, como você emagreceu nestes 5 dias!
De pronto respondi:
- Também pudera, dancei todas as noites!
- Com quem você dançou?, perguntou o Fernando, se Amélia ficou aqui?
- Com as colegas do congresso... umas dezessete!
O casal ficou assustadíssimo e perguntou à minha mulher se não tinha ciúmes. Logo expliquei:
- Quem dança com dezessete não fica com nenhuma!
Dançar é um ato de prazer compartilhado: enlaçados e imersos na música de rítmos bem marcados (samba, bolero, fox-trot, twist, cha-cha-cha...) temos momentos de felicidade, alegria, bom humor, relaxamento. Alguém definiu a dança como o pretexto para um longo amplexo!
É isso aí, "é melhor ser alegre do que triste", nos ensinou Vinícius de Moraes no Samba da Bênção!
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