Acabo de ler o post de hoje do blog de minha filhota Ana Letícia & amigas, o Mineiras,Uai!. Os flashs com que ela descreveu um tempo bom de muitos anos atrás me provocou risos e saudades. Só quem passou por aquelas vivências pode compreender que saudade boba é essa.
Também o post do meu pai Soié, no Ontem-Hoje provocou-me sentimentos gostosos.
Um comentário do primo Omar, no meu último post, igualmente, mexeu com lembranças, reavivou memórias e desencadeou emoções.
Há sentimentos e experiências que podem ser consideradas "inenarráveis", uma vez que só se pode ter noção do que se trata se a pessoa passar pela mesma situação. Mesmo assim, cada pessoa é única e singular e, em última instância, as palavras que vier a utilizar serão sempre coloridas pela sua particularidade.
Mesmo aqueles vocábulos (os "nomes comuns" ou "substantivos comuns") que nomeiam objetos cotidianos, ao serem utilizados por alguém ou ao se intrometerem no discurso carregam significados pessoalíssimos, construídos ao longo da vida de cada um de nós.
É mais ou menos isso que J.Lacan afirma quando diz que um significante (uma palavra qualquer, um signo, um traço) tem inúmeros significados [ S/s1,s2,s3... ].
Um exemplo óbvio seria a palavra "mãe", que, embora esteja associada indelevelmente à experiência pessoal de cada um com aquela entidade que nos gerou, ou cuidou, ou adotou, ou amparou, ou acarinhou... ou... ou... tá vendo? "mãe" são muitas, infinitas e, ao mesmo tempo, "mãe é uma só!": a minha!
Assim, cada palavra (=significante) tem significados múltiplos que se sucedem numa cadeia infindável.
Por isso mesmo podemos afirmar que a linguagem (a língua, qualquer língua) é insuficiente para dizer tudo o que se quer dizer! Haverá sempre um resto, um indizível, um inenarrável (palavra danada de bonita, essa).
Os poetas são aqueles que, ao se apropriarem das palavras, fazem delas sua matéria prima com que conseguem exprimir as mais recônditas emoções, surpreendendo-nos com achados tão originais que se transformam em arte.
Ah! olhaqui: 'saudade' também é nome de flor, de acordo com o mesmo Aurélio: Designação comum a diversas plantas da família das dipsacáceas, principalmente da espécie Scabiosa maritima, e às suas flores; escabiosa, suspiro: "E ela deu-lhe do seio uma saudade / Murcha, e no entanto bela" (Gonçalves Dias, Obras Poéticas, II, p. 98).
Também o post do meu pai Soié, no Ontem-Hoje provocou-me sentimentos gostosos.
Um comentário do primo Omar, no meu último post, igualmente, mexeu com lembranças, reavivou memórias e desencadeou emoções.
Há sentimentos e experiências que podem ser consideradas "inenarráveis", uma vez que só se pode ter noção do que se trata se a pessoa passar pela mesma situação. Mesmo assim, cada pessoa é única e singular e, em última instância, as palavras que vier a utilizar serão sempre coloridas pela sua particularidade.
Mesmo aqueles vocábulos (os "nomes comuns" ou "substantivos comuns") que nomeiam objetos cotidianos, ao serem utilizados por alguém ou ao se intrometerem no discurso carregam significados pessoalíssimos, construídos ao longo da vida de cada um de nós.
É mais ou menos isso que J.Lacan afirma quando diz que um significante (uma palavra qualquer, um signo, um traço) tem inúmeros significados [ S/s1,s2,s3... ].
Um exemplo óbvio seria a palavra "mãe", que, embora esteja associada indelevelmente à experiência pessoal de cada um com aquela entidade que nos gerou, ou cuidou, ou adotou, ou amparou, ou acarinhou... ou... ou... tá vendo? "mãe" são muitas, infinitas e, ao mesmo tempo, "mãe é uma só!": a minha!
Assim, cada palavra (=significante) tem significados múltiplos que se sucedem numa cadeia infindável.
Por isso mesmo podemos afirmar que a linguagem (a língua, qualquer língua) é insuficiente para dizer tudo o que se quer dizer! Haverá sempre um resto, um indizível, um inenarrável (palavra danada de bonita, essa).
Os poetas são aqueles que, ao se apropriarem das palavras, fazem delas sua matéria prima com que conseguem exprimir as mais recônditas emoções, surpreendendo-nos com achados tão originais que se transformam em arte.
Ah! olhaqui: 'saudade' também é nome de flor, de acordo com o mesmo Aurélio: Designação comum a diversas plantas da família das dipsacáceas, principalmente da espécie Scabiosa maritima, e às suas flores; escabiosa, suspiro: "E ela deu-lhe do seio uma saudade / Murcha, e no entanto bela" (Gonçalves Dias, Obras Poéticas, II, p. 98).
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