Estamos aqui em Diamantina, após uma passadinha no Serro.
São cidades do ciclo do ouro e do diamante, históricas por motivos vários: seja pela riqueza que gerou e foi transferida para Portugal e Inglaterra, seja pelos desmandos dos capitães de escravos e contratadores de garimpeiros, seja pela origem de JK, seja pelo queijo "do Serro", enfim, pela paisagem interessantissima: campos altos da Serra do Espinhaço, que começa com a Serra do Caraça (próximo a Ouro Preto), continua como Serra do Cipó, perto de Jaboticatubas e passa por aqui (hoje vi a nascente do Rio Jequitinhonha) e se estende até à Bahia.
Muita aridez, pedra pra chuchu, cachoeiras, etc.
Ah, tem a casa de Chica da Silva, logo ali. E, em frente, o mercado que foi cenário do filme sobre a Chica. Mais adiante, a casa onde nasceu J.K., o presidente "bossa nova", hehehe
A gente anda pra baixo e pra cima, muita ladeira calçada com pedras escorregadias, lisas pelo tempo.
Igrejas não faltam: ô povo rezador, aquele daquela época.
Muito universitário pelas ruas, ou melhor, pelos botecos: como bebem! Também, a dose de pinga é 0,50 , a garrafa custa R$ 3,50 e o frio é de lascar, pelo menos nessa época.
Amanhã à noite, "Vesperata": músicos ficam a tocar das janelas dos casarões e a gente na rua, escutando, bebendo, namorando.
Terra de Minas, essa. Cada povo com seu uso, cada roca com seu fuso...
E o porta-malas repleto de "queijo do Serro", que ninguém é de ferro.
Segunda-feira voltamos ao trabalho, que a vida não é mole. Mas, por enquanto, nosso endereço é este aqui.
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