Passamos o reveillon no clube do Retiro do Chalé, na ótima companhia dos manos Clóvis e Ilídio, e as respectivas. Festa boa, como convém: banda ao vivo, etc.
No meio do salão, alguns 'brindes' foram distribuídos: aquelas argolinhas coloridas e luminosas, máscaras e... um chapéu coco! Estava na festa era pra me molhar, ou não?
- Dá cá um chapéu!
Ah, você já viu um chapéu dourado?
Pois tinha lá, 'made in China', of course, todo purpurinado, uma beleeeeza!
- Lá vai o Cláudio botar chapéu, achando-se.
Resultado: dois dias e inúmeros banhos após, o couro cabeludo (nem tão cabeludo, reconheço) estava infestado de purpurina!!! In-fes-ta-do!
Sorte é que tive o sábado e o domingo para só sair de casa coberto por um boné. Por mais escova que usasse, mais xampu na rala cabeleira, mais ducha, talco, secador... tudo em vão: lá estava the man of the golden head!
Olhar-me no espelho era ver uma constelação cintilante, rebrilhos dignos da Via Lactea em noite de lua nova, faíscas douradas a iluminar-me a aura!
Finalmente, eureka!
Decobri o antídoto: metros e metros de fita crepe. Modo de usar: aos poucos, vá 'colando' a fita em sua cabeça, entre os fios de cabelo, nas dobras da nuca, nas sobrancelhas, pálpebras, reentrâncias das orelhas, onde for possível.
O milagre aconteceu: as minúsculas e invisíveis (porém ultrabrilhantes) partículas de purpurina se agarraram à fita e abandonaram o leito pilosodermatológico de minha propriedade!
Finalmente, reencontro a sobriedade que me é peculiar, a discreta e impoluta fisionomia, nem mais bonita nem mais feia, mas aquela que se me faz reconhecer diante do espelho e que, malgrado o inexorável passar dos anos, ainda ouso apresentar aos contemporâneos.
No flagrante abaixo, qual um "cavaleiro da triste figura", eis o Mico, a cores:
Mico Chapéu Dourado (Photo by himself) |
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