"Deus é uma relação de amor. Deus é o amante do homem.
Não é uma idéia. É uma presença.
Deus é uma experiência, é a existência tout court.
Deus é, e sendo, é o amor.
Nada exprime melhor Deus como o concebo do que o amor. Deus é um amor dançarino. Deus é dança. Há uma correlação profunda entre a trindade e a dança. Nada expressa melhor a trindade no seu misterioso dinamismo do que a dança. A vida divina é a dança sobre o abismo.
Deus é um turbilhão de amor.
Foi Léon Bloy quem concebeu a eternidade como dinamismo, ação turbilhonante, movimento de amor. Eu digo: a dulcíssima paz de Deus. O encontro com Deus é um encontro do amor. Pois o homem é, sim, um ser que carece de salvação.
E Deus me salva, a cada minuto.
Nada exprime melhor Deus como o concebo do que o amor. Deus é um amor dançarino. Deus é dança. Há uma correlação profunda entre a trindade e a dança. Nada expressa melhor a trindade no seu misterioso dinamismo do que a dança. A vida divina é a dança sobre o abismo.
Deus é um turbilhão de amor.
Foi Léon Bloy quem concebeu a eternidade como dinamismo, ação turbilhonante, movimento de amor. Eu digo: a dulcíssima paz de Deus. O encontro com Deus é um encontro do amor. Pois o homem é, sim, um ser que carece de salvação.
E Deus me salva, a cada minuto.
Deus é o limite.
Quando eu chego ao limite, eu digo: -Deus!
Vejo o tempo, o fluxo do tempo, e me interrogo: para onde vai o tempo?
O tempo vai para Deus.
Deus é o estuário do tempo.
Deus é o mar desse rio do tempo.
Deus é o mar.
Sempre em movimento. Sempre dançarino.
Sempre dançando o seu infinito balé, balezinho tão humilde,
tão leve, tão invisível, tão de cada minuto,
balé de Deus, na água.
A vida está na água.
O mundo é um ato de amor fecundante,
O mundo é um ato de amor fecundante,
um logos spermatikós, um ato de pura beleza.
A beleza salvará o mundo.
A música salvará o mundo.
O mundo é um poema”.
A beleza salvará o mundo.
A música salvará o mundo.
O mundo é um poema”.
[Texto de Antônio Carlos Villaça (1928-2005): ex-bispo de Guaxupé-MG; memorialista; escritor; crítico literário; pensador católico (às vezes, ateu); um solitário cheio de amigos.]
Assim o definiu Gabriel Perissé: Um dos homens mais cultos do país, devorador de livros, Villaça queria ser livre, inteiramente livre, para escrever. Ser apenas o que era, escritor, leitor, ir e vir sem maiores vinculações com o mundo, ser à parte, interessado, solitário, paradoxalmente próximo e distante das pessoas. Viveu o drama universal do artista. Deu-se por inteiro à literatura, como uma vocação absoluta.
Assim o definiu Gabriel Perissé: Um dos homens mais cultos do país, devorador de livros, Villaça queria ser livre, inteiramente livre, para escrever. Ser apenas o que era, escritor, leitor, ir e vir sem maiores vinculações com o mundo, ser à parte, interessado, solitário, paradoxalmente próximo e distante das pessoas. Viveu o drama universal do artista. Deu-se por inteiro à literatura, como uma vocação absoluta.
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