Basta pensar em sentir Para sentir em pensar. Meu coração faz sorrir Meu coração a chorar. Depois de parar de andar, Depois de ficar e ir, Hei de ser quem vai chegar Para ser quem quer partir. Viver é não conseguir. Fernando Pessoa, 14-6-1932
29 outubro, 2006
O retorno
28 outubro, 2006
Soié & Castelo do Batel
Certamente, lá em Nova Era, haverá encontro da família Costa: filhos e filha, netos, etc. Imagino, daqui, a animação reinante com a casa cheia de gente. Minha mãe, Aparecida, atenta a tudo e a todos, ansiosa por servir um almoço especial. Churrasquinho, cerveja, alegria, fuzarca, brincadeiras e, à noite, sessão de "causos" na varanda.
Para o papai, um grande abraço e PARABÉNS!
2) Castelo do Batel é uma construção em estilo neoclássico francês (os arquitetos que me perdoem, se não for exatamente assim) que pertence à família Lupion, aqui em Curitiba. Fica na esquina da Av.Batel com Rua Teixeira Coelho, no centro de um imenso lote ajardinado. Atualmente funciona como casa de recepçoes. Estivemos lá, ontem à noite, para um jantar oferecido por uma indústria farmacêutica. Ofereceram, antes, uma palestra com o intuito de nos convencer que o antidepressivo deles é o melhor do mundo. A gente já está escolado: não existe a pílula da felicidade!A indústria farmacêutica, como todo sistema capitalista, visa o lucro.
Investem milhões de dólares em pesquisa e 'precisam' vender. É assim. Cabe aos bons profissionais estudarem muito e aprenderem a fazer leituras críticas, filtrar as afirmações, checar as estatísticas. Diz-se que, à indústria, interessa 'realmente' um bom produto, seguro e eficaz, pois venderão mais e não serão processadas por fazerem mal aos usuários (os pacientes, nós mesmos). Se não forem picaretas, até dá pra acreditar.
Por outro lado, nós, os profissionais, também queremos (digo dos honestos) cuidar bem dos pacientes, mitigar o sofrimento e não prejudicar ninguém. Há riscos com a química, todos sabemos. Risco x benefício, eis a questão.
Tudo isso deve estar na mente da gente quando 'aceita' um convite para eventos "científicos" regados a bons jantares, vinhos saborosos e charme. Foi assim, ontem, no Castelo de Batel. (Nossas fotos serão postadas, em breve).
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Amanhã: Belo Horizonte.
27 outubro, 2006
MON
O gênio do artista (sei que alguns torcem o nariz pro Niemeyer, mas acho que é pura inveja) se imortalizou em muitas obras. Inventor de formas que surpreendem e desafiam a Lei da Gravidade.
Aqui, o MON é um 'grande olho' que observa a cidade e que pode ser visto de vários lugares: fica numa colina, próximo ao Centro Cívico da cidade.
Trata-se de um espaço espaço, onde predomina a cor branca da construção, contrastando com o verde do bosque adjacente e com o azul cobalto dos vidros que compõem o 'olho'. O site do MON é este aqui, um link valioso.
Amélia e eu passamos algumas horas admirando as exposições simultâneas: arte de Cuba, fotografia de Cláudia Andujar, Siron Franco e as Santanas da coleção particular da mineira Angela Gutierrez. Falar o quê? Arte se vive, se respira, emociona.
À tarde: Congresso.
26 outubro, 2006
Arame e Pasta
24 outubro, 2006
Graciosa
A "Graciosa", como chamam por aqui, é a antiga ligação entre o planalto e o litoral. Serpenteia por entre a vegetação preservada da Serra do Mar, pedaço de Mata Atlântica que ainda resta. Estreitinha, ora asfaltada ora pavimentada com paralelepídedos. Riachos, pequenas cachoeiras, pontes, amuradas de pedras e muitas, muitas hortências transformam a viagem em um passeio pelo jardim.
A certa altura, temos um mirante. Uma parada e... já se avista a baía de Paranaguá, lá embaixo, meio que entre as brumas de uma terça-feira ainda meio nublada.
Descemos devagar, sentindo o cheiro de mato e escutando pássaros, mil pássaros. Eram duas graciosas: a estrada e a companhia ao meu lado: Amélia.
Em Morretes, nosso destino, caminhamos pelas margens do Rio Nhundiquara, sobre o qual se debruçam alguns restaurantes avarandados. A especialidade do local é o "Barreado", uma carne preparada com toucinho ou bacon, muita cebola, cominho, louro. A tampa da panela é selada com uma massa de mandioca e farinha de trigo e, segundo a tradição, deve-se deixar cozinhar por 24h. Após, "soca-se" a carne e tem-se um caldo grosso, com aquelas fibras bem macias, com cheiro apetitoso.
Nossa escolha, porém, foi um linguado grelhado com alcaparras, acompanhado de rica e abundante salada. Não fosse a viagem de volta e o sol inclemente, uma taça de vinho seria ótima pedida.
Morretes é cidade antiga, onde tem uma estação da linha férrea, ponto final da "litorina", um ou dois vagões que descem a serra através da mais incrível ferrovia: abismos por sobre florestas, deslumbrante. Fizemos este passeio há anos e preferimos, agora, a Graciosa. Valeu.
23 outubro, 2006
Curitiba - dia 1
22 outubro, 2006
Rumo ao Sul

Já tomamos algumas providências, dentre as quais, a mais importante: levaremos, na bagagem de mão, um transponder portátil, que ficará permanentemente ligado. Ninguém sabe se o do avião vai funcionar, né?
Dois motivos nos animam a alçar vôo:


Caso haja tempo e disposição, vou postar alguma notícia de lá...
18 outubro, 2006
Pra quem acredita em reencarnação
14 outubro, 2006
Desejos...
- Era uma vez Erasmo Carlos, compositor da Jovem Guarda, que embalou muitos adolescentes enamorados pela coleguinha com os seguintes versos:
Inclusive na escola / Eu iria com você entrar
E na volta juntinho ao teu corpo eu iria ficar
E em casa então / Você me abriria para me estudar
E se assustaria ao ver revelado em seu caderninho
Meu rosto olhando, dizendo baixinho:
"benzinho, eu não posso viver longe de você"
- Tempos depois, no Reino da Inglaterra, um príncipe chamado Charles, já casado com a linda princesa Diana, arranjou uma amante. Chamava-se Camila. Alguém grampeou (já era moda) o telefone dela e gravou a seguinte declaração do nobre Charles:
- Agora, um jornalzinho do Bairro Betânia, aqui em Belo Horizonte, conta que a professora de uma escola pública pediu aos alunos que redigissem uma redação com o seguinte tema: "O que você quer que Deus faça com você". Uma criança escreveu:
“Senhor, lhe peço algo especial: me transforme em um televisor. Quero ocupar seu lugar. Viver como vive a TV de minha casa. Ter um lugar es pecial pra mim e reunir minha família ao meu redor.
Ser levado a sério quando eu falo. Quero ser o centro das atenções e falar sem ser interrompido. Quero receber o mesmo cuidado que a TV recebe quando não funciona. Ter a companhia de meu pai quando ele chega em casa, mesmo cansado. E que minha mãe me procure quando ela estiver sozinha , em vez de me ignorar. E ainda que meus irmãos briguem para estar comigo.”
12 outubro, 2006
No Stress - No Problem - A Panacéia
Pra quem está meio que abilolado, zureta, mentecapto ou desatinado, aluado ou aloprado, pinel, mouco ou biruta, cheio de leseira ou lelé;
Pra quem tá achando que já-já vai abotoar o paletó e está a caminho do beleléu;
Pra quem quiser se prevenir contra todos os males, amém!
No Mercado Central, em Belo Horizonte.
Se não matar, engorda!
11 outubro, 2006
A Dália Negra de Brian DePalma

É o que se pode chamar de um autêntico film noir: enredo intrincado, personagens ambíguos, sombras, traição, prostitutas, traficantes, policiais corruptos, fumaça de cigarros...
O roteiro se baseou em fatos reais, em torno da investigação do assassinato de Elizabeth Short, uma aspirante a atriz, cujos cabelos negros lhe emolduravam um rosto bonito, sorridente e sedutor.
» Direção: Brian De Palma |
» Origem: Alemanha/Estados Unidos |
» Gênero: Drama/Musical/Suspense |
» Duração: 120 minutos |
» Trailer: Clique aqui |
» Site Oficial: Clique aqui |
Sinopse: 'Dália Negra' é uma história de obsessão, amor, corrupção, cobiça e devassidão, baseada na história real de um violento crime que chocou e fascinou os Estados Unidos em 1947. – caso que permanece até hoje sem solução. Os detetives e ex-boxeadores Lee Blanchard e Bucky Bleichert são encarregados da investigação do brutal assassinato da aspirante a estrela Elizabeth Short, conhecida como a 'Dália Negra'. A obsessão que os dois desenvolvem por ela acaba por arruinar suas vidas. Baseado no best-seller homônimo de James Ellroy, o filme foi exibido em competição no Festival de Veneza de 2006. (informações tiradas daqui)
» Elenco Principal: Aaron Eckhart, Fiona Shaw, Gregg Henry, Hilary Swank, Josh Hartnett, Mia Kirshner, Mike Starr, Rachel Miner, Rose McGowan, Scarlett Johansson, Troy Evans
09 outubro, 2006
Verdade (?)
Foi um verdadeiro festival de acusações mútuas, sem espaço para que alguma proposta mais clara fosse apresentada e discutida.
O que mais se usou foi o 'último estratagema' da Erística:
Último estratagema: quando percebemos que o adversário é superior e que acabará por não nos dar razão, então nos tornemos pessoalmente ofensivos, insultuosos e grosseiro. Ataquemos a honra do outro - esqueçamos seus argumentos, já que não temos mais chance de refutá-los!
Quem venceu?
Melhor perguntar:
- 'quem perdeu?'
Respondo logo:
- 'nós, os eleitores, os cidadãos, o país.'
Parece que, mais uma vez, a escolha será de acordo com a miopia de cada um, ou sua ilusão, ou seu capricho:
A porta da verdade estava aberta,
mas só deixava passar
meia pessoa de cada vez.Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só trazia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade
voltava igualmente com meio perfil.
E os meios perfis não coincidiam.Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso
onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metades
diferentes uma da outra.Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela.
E carecia optar. Cada um optou conforme
seu capricho, sua ilusão, sua miopia.
08 outubro, 2006
Como Vencer um Debate ...sem Precisar Ter Razão
Propostas de governo? É o que menos importa. Agora, é guerra, como descreve o lead da notícia no EM de hoje:
As armas para a primeira batalha Certos de que o primeiro debate hoje na TV será cartada decisiva na acirrada disputa pela Presidência da República, os dois candidatos ao segundo turno, o presidente Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB), passaram os últimos dias preparando as armas para o confronto. Serão apresentadas propostas e exibidas realizações, mas também não deverão faltar acusações de parte a parte. |
Já que é 'guerra', o importante é vencer, parece.

O subtítulo explica: Em 38 estratagemas(1): dialética erística(2).
(1) Estratagema: s.m. (1559 CDP VIII 151) 1 mil manobra, plano empr. ger. em guerras para enganar, confundir o inimigo 2 p.ext. plano, esquema etc. previamente estudado e posto em prática para atingir determinado objetivo
(2) Erística: s.f. (1873 cf. DV) fil 1 na antiguidade grega, arte ou técnica da disputa argumentativa no debate filosófico, desenvolvida sobretudo pelos sofistas, e baseada em habilidade verbal e acuidade de raciocínio 1.1 pej. em Platão (427-348 a.C.), argumentação que, buscando unicamente a vitória em um debate, abandona qualquer preocupação com a verdade ¤ etim substv. do gr. eristikê subentendido tékhné
Há um sentido pejorativo (cf. acepção 1.1) para Erística, provavelmente adotado por Platão, ao afirmar que, em busca da vitória, não importa a verdade na argumentação. Muitas vezes, sua marca registrada é o sofisma(3).
(3) Sofisma: s.m. (sXIV cf. FichIVPM) 1 lóg argumento ou raciocínio concebido com o objetivo de produzir a ilusão da verdade, que, embora simule um acordo com as regras da lógica, apresenta, na realidade, uma estrutura interna inconsistente, incorreta e deliberadamente enganosa 2 lóg argumentação que aparenta verossimilhança ou veridicidade, mas que comete involuntariamente incorreções lógicas; paralogismo
Poder-se-ia pensar que, por isso, tais debates entre candidatos não devem ser levados muito a sério, já que aos debatedores interessa vencer a qualquer preço, inclusive às custas da verdade.
Ora, conhecendo as 'artimanhas' da Erística, o eleitor poderá ficar mais atento às distorções e estratagemas de cada um dos presentes à cena do duelo verbal, incluindo-se o(s) entrevistador(es). Estes têm um grande poder de sedução, pois ao grande público aparecem como imparciais, quando, na verdade, não o são: geralmente fazem perguntas capciosas quando querem 'derrubar' o entrevistado pelo qual (seus patrões) não têm simpatia ou, ao contrário, 'levantam a bola' para o candidato do seu (patrão).
Os debates na esfera política (e em muitas outras, evidentemente) são caracterizados pela necessidade de vitória sobre o outro, custe o que custar. Isso contraria as propostas da dialética de Aristóteles e de Sóprates por exemplo, que propõe uma disputa limpa, sem truques, cujo exercício leva à 'verdade', objetivo único a ser perseguido: 'arte da controvérsia, da argumentação sutil' "Pela decomposição e investigação racional de um conceito, chega-se a uma síntese, que também deve ser examinada, num processo infinito que busca a verdade."
Ah... mundo ideal...
Schopenhauer, no Intróito do seu livro, já define assim a tal de Dialética Erística: é a arte de discutir, mais precisamente a arte de discutir de modo a vencer, e isto per fas et per nefas (por meios lícitos ou ilícitos).
A seguir, distingue que ter razão nem sempre significa que se tem a verdade:
Assim ocorre, por exemplo, quando o adversário refuta minha prova e isto é tomado como uma refutação da tese mesma, em cujo favor se poderiam aduzir outras provas. Neste caso, naturalmente, a situação do adversário é inversa àquela que mencionamos: ele parece ter ração, ainda que objetivamente não a tenha. Por conseguinte, são duas coisas distintas a verdade objetiva de uma proposição e sua validade na aprovação dos contendores e ouvintes.
Dentre os 38 estratagemas descritos por Arthur Schopenhauer, enumero alguns mais comuns:
- Ampliação indevida: levar a afirmação do adversário para além de seus limites naturais, interpretá-la do modo mais geral possível, tomá-la no sentido mais amplo possível e exagerá-la. (Quanto mais geral uma afirmação se torna, tanto mais ataques se podem dirigir a ela!).
- Mudança de modo: tomar uma afirmação relativa como se fosse absoluta e refutá-la neste segundo contexto.
- Pré-silogismos: quando se quer chegar a uma certa conclusão, evita-se que esta seja prevista, de tal modo que o adversário, sem o perceber, admita as premissas uma de cada vez e dispersas, sem ordem.
- Perguntar em desordem: Fazer, de uma só vez, várias perguntas pormenorizadas e, assim, ocultar o que, na verdade, queremos que seja admitido. Confundir o outro, eis a questão.
- Encolerizar o adversário: provoque a cólera do adversário para que, em sua fúria, ele não seja capaz de raciocinar corretamente e perceber sua própria vantagem. Como? Tratando-o com insolência, fazendo ofensas, humilhando-o e acusando-o injustamente!
- Alternativa falsa: induza o adversário a aceitar uma tese apresentando-lhe a tese contrária, ressaltando essa oposição com estridência, de tal forma que ele tenha que se decidir pela nossa tese, em comparação com a outra (falsa).
- Proclamar-se, precocemente, vitorioso: trata-se de um golpe descarado, principalmente diante de um adversário tolo ou tímido.
- Impelir o adversário ao exagero: quando o pato cair no exagero, explore isso, refutando-o e expondo-o ao ridículo.
- Falsa redução ao absurdo: extraia conseqüências absurdas das afirmações do adversários, distorcendo-as perante a platéia.
- Argumento de autoridade: apele para a própria sabedoria ou à sabedoria de alguém tido como conhecedor do assunto, ao mesmo tempo que minimiza o conhecimento do adversário.
- Ironia: finja incompetência e se declare incompetente para compreender o que o outro diz. Insinue que a afirmação do outro é tão incompreensível e insensata, que escapa à compreensão!
- Discurso incompreensível: desconcerte o adversário com um caudal de palavras sem sentido.
- Último estratagema: quando percebemos que o adversário é superior e que acabará por não nos dar razão, então nos tornemos pessoalmente ofensivos, insultuosos e grosseiro. Ataquemos a honra do outro - esqueçamos seus argumentos, já que não temos mais chance de refutá-los!
A tudo isto estarei atento, hoje.
Se conseguir dormir depois, será por exaustão!
(Exaustão, esta, que espero não tenha atingido meus dois ou três leitores deste post 'quase' filosófico...)
04 outubro, 2006
Confit de carne-de-sol
Fomos convidados para uma "boca-livre" de lançamento imobiliário, perto daqui de Belo Horizonte. Programinha descompromissado, sábado pela manhã, em meio à natureza.
A incorporadora caprichou: montou um mega-toldo, muito bem decorado, com flores e música ambiente. Recepcionistas, vendedores, garçons: vender é preciso!
Se o negócio extrapolou nossa pobre conta bancária, nem por isso nos excusamos de degustar os comes-e-bebes... afinal, mineiro que é mineiro não faz desfeita com o dono da casa!
Uma amostrinha tá aqui na foto: confit de carne-de-sol com creme de mandioca e couve frita.
Vem servido numa mega colherinha de porcelana. Sem intenção de marketing: produção do Bouquet Garni.
Como dizia o mais famoso colunista social do Brasil, Ibrahim Sued: sorry, periferia!
02 outubro, 2006
Vá pro 2° turno "sabendo das coisas" ou Como se curar da Síndrome de William Moreira
"Para mandar um palerma para o segundo turno é preciso, antes de mais nada, contar com o apoio de uma mídia imparcial. Ou seja, como o nome bem indica, uma mídia que tome partido. Mas não o partido dos jornalistas, evidentemente. Afinal, os profissionais de imprensa precisam ser honestos, quer dizer, reproduzir honestamente a opinião dos seus patrões." - continue aqui
2 - A RELATIVIDADE DOS VOTOS:
"Há muito o que pensar sobre a vontade do povo. Muito mesmo. Especulações e análises apressadas, feitas no calor do resultado das eleições de domingo, não permitem decifrar com segurança a exata tradução do recado das urnas. São muitas as traduções e, por certo, elas sugerem relativizar as certezas. E, desde já, inclusive os supostos efeitos da questão ética no destino de vencedores e perdedores do pleito, mesmo que tenha virado objeto de uso político, cantada e decantada por falsos arautos da moralidade." - continue aqui
3 - O DESTINO DA ESQUERDA:
"Um desafio para todas as esquerdas, inclusive a esquerda da esquerda: se elas não recompuserem uma frente comum a partir de agora, em função da reeleição de Lula na disputa federal e dos candidatos progressistas nas disputas estaduais, é isto que nela vai virar: coadjuvante de tucano." - continue aqui
4 - O QUE ESTÁ EM CAUSA:
"Os adversários de Lula e do povo neste 2º turno serão os senhores do poder econômico, que controlam a maioria dos meios de comunicação. Esses tradicionais donos do Brasil farão de tudo para impedir a continuidade do processo de construção de uma nova cidadania no país." - continue aqui
5 - PLAY IT AGAIN, JANGO!
"Morri no exílio, na província argentina de Corrientes, em 6 de dezembro de 1976, sozinho, vítima de ataque cardíaco, numa fazenda da fronteira. Tentava voltar para o Brasil, de onde me expulsaram com o Golpe Militar depois que anunciei, no dia 13 de março de 1964 num comício para 150 mil pessoas na Central do Brasil que iria fazer a Reforma Agrária, Urbana, as reformas na Educação, a Reforma Eleitoral, Tributária..." - continue lendo
6 - NÃO SEJA IMBECIL, VOTE CONSCIENTE:
"Ah, quer dizer que você acha que todo político é ladrão e que se você votar nulo e deixar de participar do "corrompido processo eleitoral" estará ajudando o Brasil a se tornar um país melhor? Com o devido respeito, não posso deixar de expressar minha opinião: você é uma besta." - continue aqui
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Dá um trabalho danado a gente ficar sabendo das coisas.
É mais fácil assistir o J.N. e contrair a síndrome de William Moreira...