Retorne a televisão ao seu lugar de origem: a sala. Essa é a orientação de psicólogos, neurologistas e terapeutas sexuais entrevistados. Nos primórdios da telinha, havia um aparelho para toda a família. Hoje, manter uma TV em cada aposento é parte do processo de individualização pelo qual o mundo está passando --cada um tem sua televisão, seu celular, seu computador.
Este é o primeiro parágrafo do artigo publicado na FolhaOnline.
Segundo pesquisas feitas por psicoterapeutas sexuais e educadores, o aparelho de televisão ligado no quarto atrapalha o relacionamento "na hora H", além de provocar o isolamento das pessoas, cada qual em seu quarto, vendo sua TV!
Foram avaliadas várias atividades em família bem como prejuízos às pessoas que ficam muito tempo diante da telinha: sono, postura, relacionamento interpessoal, isolamento social, tudo isso pode estar sendo afetado. Leia mais aqui.
Basta pensar em sentir Para sentir em pensar. Meu coração faz sorrir Meu coração a chorar. Depois de parar de andar, Depois de ficar e ir, Hei de ser quem vai chegar Para ser quem quer partir. Viver é não conseguir. Fernando Pessoa, 14-6-1932
17 junho, 2004
Casamento
Há mulheres que dizem:
Meu marido, se quiser pescar, pesque,
mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
ele fala coisas como "este foi difícil"
"prateou no ar dando rabanadas"
e faz o gesto com a mão.
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa,
vamos dormir.
Coisas prateadas espocam:
somos noivo e noiva.
[Adélia Prado]
Meu marido, se quiser pescar, pesque,
mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
ele fala coisas como "este foi difícil"
"prateou no ar dando rabanadas"
e faz o gesto com a mão.
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa,
vamos dormir.
Coisas prateadas espocam:
somos noivo e noiva.
[Adélia Prado]
Assinar:
Postagens (Atom)