20 dezembro, 2006

Ouça um bom conselho...

Li e repasso este artigo do colega Dr.Eduardo Martins, cardiologista daqui de BH:


Saúde e conta bancária


Imagine a sua coronária: isso mesmo, você tem uma artéria coronária, aliás duas, a direita e a esquerda (e seus ramos). Tirando a sorte de você ter alta produção de óxido nítrico (uma genética antiateroesclerose), saiba que sua coronária não suporta cigarro, gordura, sedentarismo, obesidade, e seu novo inimigo: a cintura abdominal. Esta idéia de valorizar não o corpo, mas todos os corpos (mental, emocional, energético), inclusive os órgãos do corpo físico, gera a noção de saúde completa, aumenta o prazer de viver e dá o start nos investimentos em saúde.

Um investimento pequeno em saúde pode ser uma refeição saudável: “Hoje não vou comer carne vermelha, e vou priorizar uma salada”. Seria como depositar R$ 200 na poupança. Um grande investimento em saúde pode ser ir ao cardiologista, fazer um checape e iniciar atividades físicas com acompanhamento médico para evitar um blecaute. Se realizados todos os dias, os exercícios seriam como depósitos diários de R$ 500 no melhor fundo de investimento do mercado. Eis um grande investimento, talvez o maior de todos, que vai lhe dar um grande crédito de saúde no futuro. O que mais escuto em consultório é o paciente relatar amigos que bebem, fumam e já passaram dos 60 anos sem qualquer problema. Para esses pacientes costumo lembrar também que assim como esses sortudos, há quem tenha nascido em berço de ouro, cheio de tutu, e sequer precisa trabalhar. Se bem que a improdutividade de bom não tem nada, e só estraga a saúde. Portanto, aos mais fixos nesta idéia, sugiro visitar o pronto atendimento de hospitais cardiológicos para ver a quantidade de infartados obesos, tabagistas e sedentários. Aliás, junto aos idosos em fim de linha, esta é a população de CTIs, mundo afora.

Se, como a maioria absoluta da população mundial, você não recebeu um patrimônio genético recheado de óxido nítrico; se quer sacar saúde, quando precisar – e na terceira idade você vai precisar –, mude agora, comece a poupar saúde, aproveitando a virada do ano. Na sociedade pós-industrial dos lanches e do estresse, poupar dinheiro não adianta. Se você não guardar créditos de saúde, a conta bancária pode ficar para seus descendentes." name="not_bod" type="hidden">
O termo saúde pode ser definido como um estado de bem-estar íntimo, um somatório dos elementos psíquico, social, mental, emocional, energético e espiritual, ou seja, a homeostase interior. Se alguém lhe perguntasse se você tem saúde, o que você responderia? Você pode sentir a saúde? Onde está a saúde? Quanto de saúde eu tenho? Saúde é algo virtual, ninguém vê, não se conhece o local do corpo (ou corpos) em que habita, mas, se você está em casa lendo este artigo, é provável que ela esteja aí com você em maior ou menor qualidade. O dinheiro é semelhante à saúde em um aspecto: quando está investido. Ele não aparece, mas está lá, e dá certa segurança ao cidadão, pois ele sabe que diante de qualquer emergência tem uma reserva, uma garantia e, assim, vive melhor: menos tenso, mais seguro diante da vida. Pois é este virtualismo que une saúde ao dinheiro. Eis dois elementos da vida humana difíceis de serem cuidados com a devida atenção ao mesmo tempo. Muitas pessoas despreparadas para a vida plena gastam mais do que têm, tanto em termos financeiros quanto em sua própria saúde. Outras preferem guardar dinheiro, mas não guardam saúde; já, outras, guardam saúde, associam-na à vaidade, e esta combinação estimula a abertura constante da torneira bancária.

Imagine a sua coronária: isso mesmo, você tem uma artéria coronária, aliás duas, a direita e a esquerda (e seus ramos). Tirando a sorte de você ter alta produção de óxido nítrico (uma genética antiateroesclerose), saiba que sua coronária não suporta cigarro, gordura, sedentarismo, obesidade, e seu novo inimigo: a cintura abdominal. Esta idéia de valorizar não o corpo, mas todos os corpos (mental, emocional, energético), inclusive os órgãos do corpo físico, gera a noção de saúde completa, aumenta o prazer de viver e dá o start nos investimentos em saúde.

Um investimento pequeno em saúde pode ser uma refeição saudável: “Hoje não vou comer carne vermelha, e vou priorizar uma salada”. Seria como depositar R$ 200 na poupança. Um grande investimento em saúde pode ser ir ao cardiologista, fazer um checape e iniciar atividades físicas com acompanhamento médico para evitar um blecaute. Se realizados todos os dias, os exercícios seriam como depósitos diários de R$ 500 no melhor fundo de investimento do mercado. Eis um grande investimento, talvez o maior de todos, que vai lhe dar um grande crédito de saúde no futuro. O que mais escuto em consultório é o paciente relatar amigos que bebem, fumam e já passaram dos 60 anos sem qualquer problema. Para esses pacientes costumo lembrar também que assim como esses sortudos, há quem tenha nascido em berço de ouro, cheio de tutu, e sequer precisa trabalhar. Se bem que a improdutividade de bom não tem nada, e só estraga a saúde. Portanto, aos mais fixos nesta idéia, sugiro visitar o pronto atendimento de hospitais cardiológicos para ver a quantidade de infartados obesos, tabagistas e sedentários. Aliás, junto aos idosos em fim de linha, esta é a população de CTIs, mundo afora.

Se, como a maioria absoluta da população mundial, você não recebeu um patrimônio genético recheado de óxido nítrico; se quer sacar saúde, quando precisar – e na terceira idade você vai precisar –, mude agora, comece a poupar saúde, aproveitando a virada do ano. Na sociedade pós-industrial dos lanches e do estresse, poupar dinheiro não adianta. Se você não guardar créditos de saúde, a conta bancária pode ficar para seus descendentes.
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Publicado em 19dez06 no EM