30 dezembro, 2006

Bacalhoada em 10 passos


Cool Slideshows



Foi assim que fizemos (mais a Amélia do que eu!) uma bacalhoada na véspera do Natal:
1. 800g de postas de filé de bacalhau do Porto, dessalgadas durante uma noite na água e, depois, grosseiramente desfiadas
2. levemente cozidas em meio litro de leite temperado com folhas de louro, alecrim e uma pitada de noz moscada
3. colocamos camadas de cebola, batatas cozidas em rodela, bacalhau; tudo regado a muito azeite extra-virgem
4. acabamento com azeitonas pretas, picadas
5. levamos ao forno até corar
6. enfeitamos com rodelas de ovos cozidos
7. preparamos uma bela salada e arroz branco
8. abrimos uma garrafa de vinho
9. brindamos e...
10. degustamos: Feliz Ano Novo!!!

27 dezembro, 2006

Pourquoi?

Algumas imagens nos ficaram da última Copa do Mundo : Roberto Carlos ajeitando a meia enquanto o Brasil sofria um gol da França; Felipão comandando a Seleção Portuguesa em uma de suas melhores participações; a improvável espontaneidade dos alemães, que explodiram de alegria durante aquele mês de junho; a perplexidade e a indignação da torcida brasileira diante do vexame de nosso (!) dream-team e a cabeçada de Zidane em Materazzi.
Pois foi essa última imagem que inspirou o estilista italiano Alessandro Ferrari para criar a coleção Xqua, cuja logomarca é a famosa cabeçada:

Alessandro explica:
- Il nome del marchio – continua Ferrari – nasce dall’esclamazione reiterata dal telecronista francese.
Xqua si pronuncia come il francese pourquoi.
E “perchè” è l’interrogativo che ci si pone dinanzi a un qualsiasi atto di violenza.

Todos nós nos perguntamos, diante daquela cena inesperada:
- Por que? Por que?
Vários programas de televisão e rádio se dedicaram a 'destrinchar' o caso, analisar quadro-a-quadro os poucos segundos em que Zidane caminhava calmamente à frente do Materazzi até que, de repente, se virou e tascou-lhe a cabeçada mortífera.

O Mercado é assim mesmo: apropria-se dos fatos, das emoções, das coisas boas e ruins, do sublime e da lama para transformar tudo em produto.

Aqui em Minas, o estilista Ronaldo Fraga é um mestre: já criou roupas a partir de poemas de Drummond, inspirou-se em imagens religiosas, em produções dos loucos de hospício (Artur Bispo, por exemplo), no assassinato de Zuzu Angel ("Quem matou Zuzu Angel?"), em Guimarães Rosa ("a cobra ri"), etc.

Moda engajada, dizia-se antigamente. Moda atual, look up-to-date, faschion, "da hora", etc. Reivenções, releituras, movimentos antropofágicos, etc.

Lembro-me de uma antiga propaganda de uma casa de roupas infantis, chamada O Príncipe, que dizia: "Príncipe veste hoje o homem de amanhã". Mas isso é conversa para depois.

25 dezembro, 2006

Verão



Após chegarmos de Nova Era-MG, onde passamos o Natal, esperamos terminar a chuvarada de verão e caminhamos pela Praça da Liberdade.
As ruas e alamedas sujas de tanta folhagem derrubada pela ventania. A luminosidade de um fim-de-tarde e as poças d'água convidaram para algumas fotos.
É o verão.

23 dezembro, 2006

PRESÉPIO VIRTUAL

Compartilho um presépio virtual, divertido para quem tem crianças por perto. Para montar o cenário, é só arrastar os personagens que estão na parte inferior da tela. Depois, clique em 'animer' ( play ) com o som ligado. Feliz Natal!
CLIQUE AQUI.

21 dezembro, 2006

Solilóquios

Solilóquio: ato de alguém conversar consigo próprio; monólogo 2 lit teat recurso dramático ou literário que consiste em verbalizar, na primeira pessoa, aquilo que se passa na consciência de um personagem [Opõe-se ao monólogo interior, porque o personagem, no solilóquio, articula os seus pensamentos de forma lógica, coerente.] ¤ etim lat. soliloquìum,ìi 'solilóquio, monólogo', pal. cunhada por santo Agostinho (354-430) para o seu Liber soliloquium, do lat. solus,a,um 'sozinho' + loqui 'falar' [Houaiss]

Lembrei-me dessa palavra erudita ao observar, no trânsito, alguns motoristas que falam, gesticulam e até gritam enquanto dirigem. Hoje, um vizinho de engarrafamento não conversava ao celular, não havia mais ninguém ao seu lado e o sujeito, ali, a discursar em voz alta sobre não sei sobre o quê.

Em caminhadas urbanas, já me deparei com solitários peripatéticos (de peritátésis, der. de peritatéó 'passear, ir e vir conversando - que era como fazia Aristóteles com seus discípulos nos jardins do Liceu, em Atenas). Procuro em volta, penso que falam comigo; mas, não! Conversam consigo mesmos ou com algum ente imaginário? Neste segundo caso, poderiam ser possuídos de louca alucinação (se não visual, pelo menos auditiva), o que se constituiria em sintoma de psicose.

Existem mesmo desses 'loucos de toda espécie' que escutam vozes, dialogam, discutem, altercam ou lançam impropérios contra um fantasma que lhes assolam a vida. Mas não é destes que falo aqui.

O solilóquio pode ser um profícuo diálogo interior (como queria Santo Agostinho), durante o qual, silenciosamente, o pretendente a santo ou o menos presunçoso místico desvendaria um caminho para encontrar-se com a Divindade.

Já os filósofos, igualmente, fazem lá seus solilóquios, num monólogo interior em busca da Verdade, construindo silogismos, contrapondo argumentos e raciocínios, numa dialética rigorosa em busca do conhecimento.

O blogueiro também comete solilóquios. Por que não? De repente, uma idéia me passa pela cabeça. Busco o computador, abro no blogger e ponho-me a conversar comigo mesmo, teclando quase sem pensar. Nessas horas, costumo parir um texto interessante. Se não para quem me lê, pelo menos para mim.

Pois foi o que fiz, agora.

Para deixar de ser solilóquio e tornar-se diálogo interessante, preciso dos testemunhos de vocês, opiniões e compartilhamento de experiências.

Caso contrário, deliro?

20 dezembro, 2006

Ouça um bom conselho...

Li e repasso este artigo do colega Dr.Eduardo Martins, cardiologista daqui de BH:


Saúde e conta bancária


Imagine a sua coronária: isso mesmo, você tem uma artéria coronária, aliás duas, a direita e a esquerda (e seus ramos). Tirando a sorte de você ter alta produção de óxido nítrico (uma genética antiateroesclerose), saiba que sua coronária não suporta cigarro, gordura, sedentarismo, obesidade, e seu novo inimigo: a cintura abdominal. Esta idéia de valorizar não o corpo, mas todos os corpos (mental, emocional, energético), inclusive os órgãos do corpo físico, gera a noção de saúde completa, aumenta o prazer de viver e dá o start nos investimentos em saúde.

Um investimento pequeno em saúde pode ser uma refeição saudável: “Hoje não vou comer carne vermelha, e vou priorizar uma salada”. Seria como depositar R$ 200 na poupança. Um grande investimento em saúde pode ser ir ao cardiologista, fazer um checape e iniciar atividades físicas com acompanhamento médico para evitar um blecaute. Se realizados todos os dias, os exercícios seriam como depósitos diários de R$ 500 no melhor fundo de investimento do mercado. Eis um grande investimento, talvez o maior de todos, que vai lhe dar um grande crédito de saúde no futuro. O que mais escuto em consultório é o paciente relatar amigos que bebem, fumam e já passaram dos 60 anos sem qualquer problema. Para esses pacientes costumo lembrar também que assim como esses sortudos, há quem tenha nascido em berço de ouro, cheio de tutu, e sequer precisa trabalhar. Se bem que a improdutividade de bom não tem nada, e só estraga a saúde. Portanto, aos mais fixos nesta idéia, sugiro visitar o pronto atendimento de hospitais cardiológicos para ver a quantidade de infartados obesos, tabagistas e sedentários. Aliás, junto aos idosos em fim de linha, esta é a população de CTIs, mundo afora.

Se, como a maioria absoluta da população mundial, você não recebeu um patrimônio genético recheado de óxido nítrico; se quer sacar saúde, quando precisar – e na terceira idade você vai precisar –, mude agora, comece a poupar saúde, aproveitando a virada do ano. Na sociedade pós-industrial dos lanches e do estresse, poupar dinheiro não adianta. Se você não guardar créditos de saúde, a conta bancária pode ficar para seus descendentes." name="not_bod" type="hidden">
O termo saúde pode ser definido como um estado de bem-estar íntimo, um somatório dos elementos psíquico, social, mental, emocional, energético e espiritual, ou seja, a homeostase interior. Se alguém lhe perguntasse se você tem saúde, o que você responderia? Você pode sentir a saúde? Onde está a saúde? Quanto de saúde eu tenho? Saúde é algo virtual, ninguém vê, não se conhece o local do corpo (ou corpos) em que habita, mas, se você está em casa lendo este artigo, é provável que ela esteja aí com você em maior ou menor qualidade. O dinheiro é semelhante à saúde em um aspecto: quando está investido. Ele não aparece, mas está lá, e dá certa segurança ao cidadão, pois ele sabe que diante de qualquer emergência tem uma reserva, uma garantia e, assim, vive melhor: menos tenso, mais seguro diante da vida. Pois é este virtualismo que une saúde ao dinheiro. Eis dois elementos da vida humana difíceis de serem cuidados com a devida atenção ao mesmo tempo. Muitas pessoas despreparadas para a vida plena gastam mais do que têm, tanto em termos financeiros quanto em sua própria saúde. Outras preferem guardar dinheiro, mas não guardam saúde; já, outras, guardam saúde, associam-na à vaidade, e esta combinação estimula a abertura constante da torneira bancária.

Imagine a sua coronária: isso mesmo, você tem uma artéria coronária, aliás duas, a direita e a esquerda (e seus ramos). Tirando a sorte de você ter alta produção de óxido nítrico (uma genética antiateroesclerose), saiba que sua coronária não suporta cigarro, gordura, sedentarismo, obesidade, e seu novo inimigo: a cintura abdominal. Esta idéia de valorizar não o corpo, mas todos os corpos (mental, emocional, energético), inclusive os órgãos do corpo físico, gera a noção de saúde completa, aumenta o prazer de viver e dá o start nos investimentos em saúde.

Um investimento pequeno em saúde pode ser uma refeição saudável: “Hoje não vou comer carne vermelha, e vou priorizar uma salada”. Seria como depositar R$ 200 na poupança. Um grande investimento em saúde pode ser ir ao cardiologista, fazer um checape e iniciar atividades físicas com acompanhamento médico para evitar um blecaute. Se realizados todos os dias, os exercícios seriam como depósitos diários de R$ 500 no melhor fundo de investimento do mercado. Eis um grande investimento, talvez o maior de todos, que vai lhe dar um grande crédito de saúde no futuro. O que mais escuto em consultório é o paciente relatar amigos que bebem, fumam e já passaram dos 60 anos sem qualquer problema. Para esses pacientes costumo lembrar também que assim como esses sortudos, há quem tenha nascido em berço de ouro, cheio de tutu, e sequer precisa trabalhar. Se bem que a improdutividade de bom não tem nada, e só estraga a saúde. Portanto, aos mais fixos nesta idéia, sugiro visitar o pronto atendimento de hospitais cardiológicos para ver a quantidade de infartados obesos, tabagistas e sedentários. Aliás, junto aos idosos em fim de linha, esta é a população de CTIs, mundo afora.

Se, como a maioria absoluta da população mundial, você não recebeu um patrimônio genético recheado de óxido nítrico; se quer sacar saúde, quando precisar – e na terceira idade você vai precisar –, mude agora, comece a poupar saúde, aproveitando a virada do ano. Na sociedade pós-industrial dos lanches e do estresse, poupar dinheiro não adianta. Se você não guardar créditos de saúde, a conta bancária pode ficar para seus descendentes.
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Publicado em 19dez06 no EM

19 dezembro, 2006

ANIVER-SHOW

Toda terça-feira é dia de TerSamba no Reciclo Asmare Cultural, em Belo Horizonte. Vários grupos se revezam para tocar samba.

Sempre em formato de roda de samba e contando com convidados especiais, os artistas fazem seus shows trazendo o melhor do samba-raiz.

O Reciclo Asmare é um centro de ajuda a catadores de papel, que recicla todo o material coletado nas ruas. A decoração do bar, que fica na Av. Contorno, 10564, é toda feita de produtos da própria Asmare.
Chapéu Panamá: A Nova Guarda do Samba

Hoje, em especial, o Reciclo estará em festa: com show da banda
CHAPÉU PANAMÁ, comemoraremos o aniversário da filhota ANA LETÍCIA, a partir das 21h.

Encontraremos amigos e amigas.
Até lá!

16 dezembro, 2006

Vinho também é bom pras cabeças

Gosto de vinho, procuro tomar quase todos os dias (pelo menos 1 taça). Geralmente tomo tinto seco, de uvas tipo cabernet, malbec, syrhaz, merlot, carmenère.

Falo isso não para me gabar, mas para recomendar o Cabernet Sauvignon da Casa Geraldo. É produzido no sul de Minas, em Andradas, pelo Luiz Carlos, dono da Campino. Conheci sua vinícola, há algum tempo.

Pois não é que ele inaugurou uma loja "Casa Geraldo" aqui em Belô? Fica na Avenida do Contorno, bem em frente ao Hotel Mercure, no Bairro de Lourdes.

Fui lá conferir e provei: deliciosos, o Cabernet e o Brût (um espumante).
Não sou apreciador de espumantes, mas gostei do Brût do Luiz Carlos. Talvez porque nós o servimos no Lançamento da Revista de Psiquiatria & Psicanálise, da qual sou editor: clima de festa, salgadinhos delicados, etc. Os convidados, idem. Assim, vou lá buscar mais algumas garrafas e comemorar a passagem de ano entre as borbulhas... Bairrismo puro, talvez.

Também não faltarão os tintos, insubstituíves. A cor rubra, o aroma de fruta mesclado com outros um tanto misteriosos e os sabores encorpados mais a textura aveludada acariciando as papilas... ah! os deuses sabem o que bebem.

Outra coisa: para não deixar cair sobre isso tudo o pó do esquecimento, a cada dia uma ou duas taças do precioso líquido, bom 'pras cabeças'. Pelo menos é o que afirma a notícia abaixo:

Vinho reduz risco de Alzheimer

Através de pesquisa com ratos durante 7 meses, os resultados mostraram que uma dose ao dia para mulheres e duas para homens, pode ajudar a reduzir o risco relativo de demência provocada pelo Alzheimer

Veículo: Vinhos.net
Seção: Notícias
Data: 14/12/2006
Estado: SP

Um estudo publicado em novembro no periódico científico The Faseb Journal, dirigido pela Escola de Medicina Mount Sinai, mostrou que o consumo moderado de
vinho tinto cabernet sauvignon pode ajudar a reduzir a incidência do mal de Alzheimer. Através de pesquisa com ratos durante 7 meses, os resultados mostraram que uma dose ao dia para mulheres e duas para homens, pode ajudar a reduzir o risco relativo de demência provocada pelo Alzheimer.

A doença

Pessoas com Alzheimer têm um acúmulo da substância beta-amilóide no cérebro, o que produz placas que provocam a demência – para a qual ainda não existe tratamento ou uma boa estratégia de prevenção. Aparentemente, fatores genéticos são os principais responsáveis pelos casos precoces do mal, mas questões de estilo de vida vêm recebendo cada vez mais atenção na busca por meios de prevenção.


Fui conferir e achei no
site da The Federation of American Societies for Experimental Biology o artigo original.

Se não for verdade, pelo menos já usufruí do rubro néctar.

14 dezembro, 2006

I D I O T I C E S

Outro dia, vi uma foto engraçadíssima no jornal: um ladrão 'entalado' numa chaminé daquelas de folha de zinco (?), redonda, usadas em lanchonetes. O larápio combinou mal o diâmetro de sua barriga com o diâmetro da chaminé!
Já ouvi notícias de ladrão que 'perde' a carteira de indentidade na cena do crime, colaborando 'inconscientemente' com a polícia.
Há um aforisma repetido pelos detetives - pelo menos nos de filme - que diz:
- Todo criminoso volta à cena do crime.

Alguns analistas interpretam 'meio selvagemente' esses acontecimentos como prova da existência de um 'desejo de punição' em todo aquele que comete atos errados... Sei lá se é isso mesmo, mas dou-lhes aqui outras provas de que, muitas vezes, o inconsciente prega peças até mesmo em quem não tem consciência!

Os "9" casos policiais mais idiotas registrados no mundo:

1º colocado - Quando o seu revólver calibre 38 falhou, durante uma tentativa de assalto, o assaltante, James Elliot de Long Beach, Califórnia, cometeu um pequeno erro. Virou a arma para ver se no cano tinha algo impedindo a arma de funcionar e experimentou apertar de novo o gatilho. Desta vez a arma funcionou...


2º colocado - O chefe de um hotel na Suíça perdeu um dedo no moedor de carnes e entrou com um pedido de ressarcimento na sua seguradora. Esta, desconfiando de uma possível negligência no uso do aparelho, enviou um inspetor que testou o moedor: fez exatamente a mesma operação e perdeu um dedo, ele também. O pedido de ressarcimento foi então aprovado.


3º colocado - Um homem ficou retirando neve da rua com uma pá por mais de uma hora, durante uma tempestade de neve em Chicago, para poder estacionar o seu carro. Terminado o trabalho, foi buscar o carro e, ao voltar ao lugar que tinha preparado com tanto esforço, encontrou uma senhora que tinha acabado de estacionar, com a maior naturalidade, no espaço que ele liberara. Explicou à polícia:

- "Como eu poderia deixar de dar dois tiros de fuzil naquela mulher?”

4º colocado - Depois de ter parado para tomar todas num bar clandestino, o motorista de um ônibus no Zimbabue percebeu que os 20 doentes mentais que deveria levar para um asilo em Bulawayo, fugiram. Tentando esconder sua negligência, foi até uma parada de ônibus e ofereceu transporte de graça para as pessoas que estavam esperando no ponto. A seguir, foi até o asilo e entregou os passageiros, dizendo que eram muito perigosos e inventavam histórias incríveis para tentar fugir. O engano só foi descoberto vários dias depois.


5º colocado - Um adolescente americano foi internado num hospital com graves ferimentos na cabeça, provocados pelo choque com um trem. Questionado sobre como tinha acontecido o acidente, ele explicou para a polícia que estava simplesmente tentando descobrir quanto exatamente podia chegar perto do trem em movimento antes de ser atingido.


6º colocado - Um homem entrou num mercado na Louisiana, colocou uma nota de 20 dólares no balcão e pediu para trocar. Quando o balconista abriu a gaveta, o homem mostrou uma arma e mandou que lhe entregasse todo o dinheiro na gaveta. Depois fugiu, mas na pressa esqueceu a nota de 20 no balcão. O total que havia na gaveta e que o homem levou era 15 dólares...


7º colocado - Um homem no Arkansas estava tão afobado para tomar uma cerveja que resolveu jogar um tijolo contra a vitrine de uma loja para roubar algumas garrafas e fugir. Apanhou um tijolo e o jogou com todas suas forças contra a vitrine. O tijolo bateu e voltou, acertando exatamente a testa dele, que ficou desmaiado no chão até a polícia chegar. A vitrine era de plexiglass inquebrável e a cena foi filmada pela câmera de segurança da loja.


8º colocado - Na crônica local do jornal da cidade de Ypsilanti, Michigan, apareceu a notícia de um assaltante que entrou no "Burger King" da cidade às 5 horas da manhã apontou uma arma para o caixa, e ordenou que lhe entregasse o dinheiro. O atendente explicou que devido a uma trava eletrônica, não poderia abrir o caixa sem um pedido. O homem então pediu cebolas fritas e o atendente retrucou que, pelo sistema, não poderia servir cebolas no café da manhã. O assaltante, frustrado, foi embora.


9º colocado - Um homem tentou roubar gasolina de um trailer estacionado numa rua em Seattle e a polícia encontrou-o no lugar, dobrado, no chão, vomitando sem parar. No relatório da polícia está explicado que o homem, ao invés de colocar a mangueira no tanque e chupar para puxar a gasolina, colocou a mangueira no tanque da privada química do trailer e chupou com muita força. O proprietário do trailer se recusou a fazer o B.O. declarando que nunca tinha dado tanta risada na vida.

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1. Recebi estes 'recordes de idiotices' pelo e-mail. Vendo o peixe pelo preço que me foi passado, ou seja, de graça.

2. Soié postou hoje!


13 dezembro, 2006

Reflexos


Torre da igreja do Colégio do Caraça refletida na fonte do jardim.
Foto by Cláudio Costa.

12 dezembro, 2006

Natal Mineiro (2)

Em continuação ao post anterior, aqui estão fotos do 'nosso presépio'.

Amélia, como disse antes, tem um certo número de casinhas de artesanato, quase todas presenteadas por:
  • Ângelo, sua namorada Renatinha e a mãe dela, Patrícia, que trouxeram casas de Arraial d'Ajuda(BA), Porto Seguro(BA), Maceió(AL), Serra do Cipó(MG) e Campos do Jordão(SP);
  • Maria Auta, lá de Brasília(DF);
  • Ana & Daniel, lá de Rio das Ostras(RJ).
  • Amélia, mesma, adquiriu algumas nas feiras de artesanato daqui de BH, oriundas do Vale do Jequitinhona (MG) e de Curitiba(PR).
Não diria que se trata de uma coleção, mas as pessoas vão vendo e prometem outras casinhas... Quem sabe teremos representações de outros cantos deste país? É muito interessante como cada região se mostra através de artesanato tão simples, porém tão delicado.


A 'montagem' deste presépio tão simples (como convém) mobilizou todos daqui: cada um deu um palpite, uma idéia, uma mexidinha aqui outra acolá: Ana, Ângelo&Renatinha, Leo e Amélia. Quanto a mim, fiz esta 'reportagem'.

08 dezembro, 2006

Natal mineiro

A montagem do presépio é um ritual conservado até hoje pela minha mãe, Aparecida ("eterna namorada" do meu pai, Soié). Ainda não vi o deste ano, suponho que já esteja enfeitando algum canto da sala, lá em Nova Era.

O mais trabalhoso sempre foi preparar as 'grutas': conseguíamos sacos vazios, daqueles de cimento, e separávamos as camadas de papel, maleáveis e resistentes. Depois vinha a etapa de espalhar o 'grude', feito na cozinha mesmo: farinha de trigo ou polvilho com um pouco de água fervente, o bastante para amolecer. Sobre as folhas untadas, joga-se areia 'de minério', bem azul e brilhante (só quem morou em regiões ricas em minério de ferro conhece). Após algum tempo, tudo sequinho, era hora de montar o cenário.

Corríamos ao quintal ou beiradas de barranco para colher 'musgos', verdinhos, umedecidos pelas chuvas de verão, com os quais montávamos as pastagens dos rebanhos de papel maché ou cerâmica. Os caminhos que levam ao estábulo onde nasceria o Menino Jesus eram feitos da mais fina e branca areia - semelhante a açucar refinado! - conseguida não sei como. Vasos de avencas e samambais compunham florestas das quais saíam toda sorte de animais: leões, tigres, elefantes...

Um espelho era colocado na horizontal, margeado por musgos e pequenas pedras: pronto! lá estava o lago povoado de patinhos a nadar.

Tudo minúsculo, uma síntese do universo, bem ali em nossa casa. Supra-sumo de refinamento era uma lâmpada escondida, cuja claridade iluminaria a majedoura, na qual repousaria o Deus Menino a partir da noite de Natal até o dia de Reis (06 de janeiro). Então, era hora de desmontar tudo e guardar as imagenzinhas, cuidadosamente.

São reminiscências renovadas todo ano, em princípios de dezembro, quando se desencadeia o marketing brutal sobre nossas cabeças e mentes, compelindo às compras.

Mas em meu coração de menino nada pode sufocar lembranças tão remotas e significativas.

Aqui, Amélia prepara, igualmente, nosso presépio, minúsculo e delicado: aos poucos, configura-se o arranjo composto de pequenas imagens de José, Maria e Jesus, além do boizinho e do jumento para aquecer o pobre Menino. Não faltarão as figuras do Três Reis Magos, vindos do Oriente para render homenagem ao recém-nascido, como dizem as Escrituras.

Neste ano, uma novidade: casinhas feitas de barro, delicadamente confeccionadas pelas mãos de artesãs do Vale do Jequitinhonha. Amélia vem adquirindo uma a uma, em cada feira de artesanato que visitamos. Há, ainda, aquelas presenteadas pela Ana&Daniel (Rio das Ostras-RJ), pelo Ângelo (Campos do Jordão-SP, Porto Seguro-BA, Maceió-AL e Serra do Cipó-MG). Pequena coleção temperada pelo afeto que nos une.

Assim, atualizamos os momentos mágicos de nossa infância e conseguimos contrapor um pouco de emoção e espiritualidade à orgia consumista em que se transformaram as 'festas natalinas'.

Não nos esquecemos de que 'natal' significa (re)nascimento de esperanças de um mundo melhor...

06 dezembro, 2006

INHOTIM


Amélia e eu sonhávamos em conhecer Inhotim - Centro de Arte Contemporânea, sediado a 60km de Belo Horizonte, entre as montanhas de Brumadinho. Domingo passado fizemos o passeio.

Puro deslumbramento!
Imperdível!
Inhotim é um enorme parque-museu, "onde a arte convive em relação única e íntima com a natureza", explica o folder. Mas é muito mais.

São 35 hectares de jardins - parte projetada por Burle Marx - dentro de uma reserva de 1.200 ha de área (400 ha de mata nativa preservada). Três lagos ornamentais com mais de 30.000 m² de lâmina d'água compõem esse jardim – local de sobrevivência, alimentação e reprodução das mais variadas formas de vida.

O cenário emoldura uma espetacular coleção de arte contemporânea, em galerias espalhadas entre a vegetação, unidas por trilhas bucólicas e exuberantes, nas quais o canto dos pássaros, o farfalhar da folhagem, as sombras salpicadas por réstias de luz, tudo nos faz entrar no clima de reverenciar a natureza e a criatividade dos artistas. Emoção e enlevo.
Impossível descrever o que é Inhotim!

Algumas fotos poderão dar uma pálida idéia:

Veja:
1) meu Álbum Virtual de Inhotim.
2) Reportagem ótima de Casa & Jardim.

27 novembro, 2006

Psiquiatria & Psicanálise com Crianças & Adolescentes

Já faz série a Revista de Psiquiatria & Psicanálise com Crianças & Adolescentes, da qual sou editor. Lançaremos o 12° número amanhã, na Associação Médica de Minas Gerais. É com certo orgulho que convido a todos a comparecerem.
Trata-se de publicação científica, nada de badalação. Certamente não aparecerão por lá os artistas globais, nem a Sabrina Sato, muito menos o Reporter Vesgo. Se bem que a japinha Sato não cancelou a presença, hehehehe
Bom, melhor é ler o que o repórter César Rebelo escreveu, a partir de uma entrevista comigo:


CPP LANÇA REVISTA ESPECIALIZADA EM PSIQUIATRIA E PSICANÁLISE COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES


A Revista de Psiquiatria & Psicanálise com Crianças & Adolescentes do Centro Psicopedagógico – CPP, única da especialidade no Brasil, chega à sua 12ª edição. Editada pela Residência em Psiquiatria da Infância e Adolescência da unidade, a iniciativa é patrocinada pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais – FHEMIG e conta, ainda, com o apoio de entidades representativas da classe psiquiátrica, como a Associação Mineira de Psiquiatria e Associação Brasileira de Neurologia e Psiquiatria Infantil. O lançamento será na próxima terça-feira (28.11), às 19h30, na Associação Médica de Minas Gerais, que fica na avenida João Pinheiro, nº 161, Centro.


A edição possui mais de 20 artigos com temas variados referentes à clínica da saúde mental da infância e adolescência. Os casos clínicos publicados buscam reforçar aspectos controversos ou de maior complexidade, mais artigos de revisão bibliográfica, pesquisas, entre outros. Grande parte é de casos clínicos atendidos no Centro Psicopedagógico. A maior parte dos autores é composta de profissionais da equipe multidisciplinar do CPP, tais como psiquiatras, neurologistas, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e farmacêuticos. “A revista objetiva, também, promover intercâmbio científico e, por isso, recebe contribuições de outros centros de atendimento, instituições psicanalíticas, universidades e tantos outros”, reforça o psiquiatra do CPP e editor da revista, Cláudio Costa. Ele destaca que, durante esses anos de publicação, já foram apresentados artigos de autores estrangeiros – Estados Unidos, França, Argentina – e de outros Estados. Na edição atual, existem contribuições de profissionais de São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro.

Entre os artigos deste número, o psiquiatra salienta alguns textos sobre Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, Transtorno Obsessivo Compulsivo, Psicoses e alguns artigos sobre Autismo Infantil. Outros trabalhos que compõem a revista foram apresentados durante a Jornada de Trabalho organizada pelo Núcleo de Ensino e Pesquisa – NEP/CPP, realizada no primeiro semestre de 2006. A avaliação do que é publicado segue critérios como interesse científico, institucional além da qualidade do texto. O reconhecimento da seriedade e importância da Revista de Psiquiatria & Psicanálise com Crianças & Adolescentes propiciou a indicação de artigos publicados como parte bibliográfica para concursos públicos.

A revista é distribuída gratuitamente no NEP do CPP para qualquer profissional que trabalhe na área da saúde mental com crianças e adolescentes. São 1.500 exemplares, dos quais alguns são enviados para instituições científicas do Brasil e do exterior, como forma de permuta por outras publicações de interesse.

Segundo Cláudio Costa, o esforço despendido para tornar viável a publicação de uma revista desse porte é um dos motores da reflexão crítica sobre o trabalho desenvolvido na Instituição. “Tornar público, através da escrita, aquilo que se faz é um exercício salutar, não apenas no sentido de divulgar os serviços prestados, mas de refinar sua qualidade e contribuir para os saberes acumulados”, destaca.

O CPP, que em agosto completou 60 anos de serviços à saúde mental de crianças e adolescentes, tem uma das mais fecundas trajetórias na área, além de abrigar uma das três Residências de Psiquiatria da Infância e Adolescência existentes no Brasil, com credenciamento pela Comissão Nacional de Residência Médica - CNRM. Foi a primeira do país a oferecer residência em Psiquiatria da Infância e do Adolescente, há 17 anos.

26 novembro, 2006

AVIAÇÃO - Incríveis pousos, decolagens e arremetidas.

Outro dia coloquei um link que não funcionou. Tá aqui o vídeo. Demora 9,39 minutos! Com calma, dá pra ver. Bon voyage!

Os templos de consumo se preparam


Diamond Mall, originally uploaded by ClaudioCosta.

Feira de Artesanato no Expominas

25 novembro, 2006



Aterrisando no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, mais conhecido como "Confins", na Região Metropolitana de Belo Horizonte. (Apenas uma brincadeirinha de amador, ao voltar do Congresso de Psiquiatria de Curitiba).

Mas, se você gosta mesmo de aviação, veja
este vídeo com pousos, decolagens e arremetidas incríveis. (9 min de imagens).

23 novembro, 2006

Tric-tric

Semana passada, dei uma entrevista na TV Alterosa (repetidora SBT em Minas) acerca de Transtornos de Tique, o famoso 'tric-tric nervoso'.

Parece que alguns telespectadores ligaram pra lá ou foi alguma reportagem anterior sobre o assunto, não sei.

De qualquer forma, aceitei o convite e me mandei pra Av. Assis Chateaubriand, bem pertinho do Centro, aqui em Belô.

Era exatamente o dia 15 de novembro, trânsito tranquilo, já que gozávamos do feriado da Proclamação da República (pouca gente sabe do que se trata e muito até maltratam essa tal de 'res publica', a 'coisa pública').

Os estúdios da TV Alterosa estavam todos vazios (eram 18,30h), exceto o estúdio do TeleJornal, onde fui muito bem recebido pelos câmeras-men, pela Luciana (produtora) e pela simpática Laura Lima, a apresentadora.
Conversamos, antes de o telejornal entrar no ar e alguns presentes no estúdio descreveram em si mesmos ou em algum conhecido um ou outro tique, nada grave nem patológico. Afinal, quem não tem uma 'maniazinha' ou mesmo um tique (movimento involuntário, sem motivo justificável, repetitivo...) de piscar-os-olhos, fungar, não pisar nas linhas da calçada, alisar os cabelos, 'quebrar' ou estalar os dedos, o pescoço?

Existem tiques, porém, que incomodam demais os portadores, chegam a ser bizarros em alguns casos e provocam muito sofrimento. É um capítulo interessante da Psiquiatria e, quase sempre, há tratamento para isso, mesmo porque muitos tiques são passageiros. [Não, não vou falar mais disso aqui, pois não é o escopo (epa!) deste post.]

Quero, mesmo, é mostrar dois momentos de descontração, captados pela filhota Ana Letícia
que me acompanhou, digital às mãos:

1. Maquiando o 'artista pra ficar bonito na fita...


2. Laura Lima, a apresentadora, 'ajoelhada aos meus pés', preparando a entrevista.

20 novembro, 2006

999999999999999999

Nasceu minha mãe no dia 09/09 de um ano terminado em 9. Após 9 meses, cheguei a este mundo, em outro ano com final 9, quando minha mãe tinha 19 anos. Ela teve 9 filhos.

O vôo que me levaria para Brasília, na sexta passada, deveria partir às 20h e só partiu às 21h, ou seja, às 9 da noite. No hotel, ocupei o apartamento 609.
Ontem, dia 19, o avião decolou com 49 minutos de atraso. Pousou, na Pampulha, às 20,09h, conforme informou o comandante, pelo sistema de som da aeronave.
Às 21h (às 9 da noite), adentrei meu apartamento, de número cujos algarismos, somados, resultam em 9.

Vejo que os números têm lá seus mistérios. Nada cabalísticos. Não acredito nisso. Pero que las hay, las hay... hablo de las brujas.

E o Doffer, apesar de Cínico Físico, me atiçou a curiosidade com este post. Visitem-no e me digam:

Os números têm ou não têm seus mistérios?

17 novembro, 2006

Não aceito ser ministro!

De hoje até domingo estarei em Brasília, para ministrar ESTE CURSO.

Não espalhem, pois o Lula pode querer me convocar para o novo ministério (leio nos jornais que o Presidente está a fazer conversações, pede calma ao PT, acena ao PMDB e ao PDT, atiça ciúmes e provoca elucubrações). Desde já aviso: ainda não fui convidado... Nem sondado: a única sonda que me passaram foi um tubo pra ver o que tinha no meu estômago. Pra felicidade geral, a endoscopia nada constatou.

Aí, a imprensa iria devassar minha vida e descobrir meus podres: gosto de blues e jazz, gosto de MPB, gosto de samba de raíz (afinal, meus filhotes Angelo e Leo são do Chapéu Panamá), gosto de música clássica, cinema e teatro, sem falar de Literatura (prosa e poesia).

Sei que sou impoluto, o que poderia ser um critério de escolha. Nunca roubei nem prevariquei. Mas nunca se sabe o que pode acontecer: Já dizia o Itamar Franco (ou outro do mesmo quilate) que o poder é afrodisíaco! Minha declaração de i.r. cairia no conhecimento público e todos descobririam que meus bens são minha família, Amélia e meus filhos (Ana, Gelo e Leo), além do Soié e Aparecida, manos, etc. Isso significa que, com certeza, praticaria o nepotismo sem pejo! Mais um assunto pra imprensa.

Ou seja: não aceito ser ministro, e pronto!

Até segunda.

15 novembro, 2006

O BANQUEIRO NO DIVÃ

- E então?
- Ah! doutor, preciso continuar a falar daquele assunto da semana passada...
- Sei.
- O senhor se lembra?
- Você quer que eu nomeie.
- Não!
- Não?
- Bem... aquele assunto, doutor, aqueles pesadelos que tenho tido, de meu banco falir. (Dá três toques no assoalho. Deitado no divã, era a peça de madeira mais próxima).
- Sonhos recorrentes.
- E lucros cessantes.
- Cessantes... cessantes...
- Não repete mais essa palavra, doutor. Dá azar, atrai desgraça. O senhor acredita em força do pensamento?
- Força ou fraqueza?
- Pegou pesado, hein? Mas tenho meus motivos. Sei que não é sua área, o senhor é do mundo abstrato, mexe com essas coisas da alma, mas eu é que sei o que é que move o mundo: o dinheiro!
- In gold you trust.
- In God, doutor, "in God we trust". Está lá no Dólar. Aliás, no Real também: "Deus seja louvado". Banqueiro não é ateu, mas também não é bobo. Tenho de me adiantar aos acontecimentos, ficar atento, senão o meu dinheiro vai pro ralo.
- Esgoto?
- Não! Esgoto é pra cocô, essas coisas. Ralo mesmo, igual à água de uma banheira. Se estiver mal tampada, devagarinho a água se esvai, o nível se abaixa, até secar. É isso que pode acontecer com meus lucros. Foi o que sonhei na noite passada.
- Conta aí.
- Só me lembro de um pedaço: era mesmo uma banheira cheia de notas e moedas. Todo dia eu conferia, olhava o nível. Até pensei em fazer como o Tio Patinhas, que se banhava nas moedas... leitura de meus tempos de menino, hoje não tenho mais tempo pra isso... não, não mergulhei no dinheiro, não! Mas o Tio Patinhas é que devia ser feliz... De repente, tudo aquilo se transformou em líquido, uma água viscosa e verde, doutor, esquisito demais. No sonho eu esfregava os olhos e me perguntava: será que estou sonhando? Engraçado isso, eu sonhar dentro de um sonho. Isso pode acontecer? Muito esquisito... Mas o problema é que não estava sonhando não, era verdade. Quer dizer, estava e não estava sonhando, o senhor entende? Entende?
- (silêncio)
- Detesto quando o senhor dá uma de psicanalista ortodoxo!
- (silêncio)
- Deixa prá lá, vou contar o resto: aquela água verde-escura-gosmenta cheirava mal. Eu ficava na dúvida se devia destampar a banheira ou não. Juro que pensei: melhor morrer. Depois me lembrei da frase lá no Dólar e rezei: In God we trust! Nessas horas a fé aumenta, acredita? Mas acho que Ele não sabe inglês, ou fingiu não escutar. Repeti como uma ladainha o versículo escríto no Real: Deus seja louvado, Deus seja louvado. Não adiantou. Aí, já quase desafalecido pelo cheiro horrível, enfiei a mão naquela merda - desculpe o palavrão, doutor, mas o senhor mesmo me estimula a soltar o verbo, falar o que vem na cabeça, não é? Então, enfiei a mão naquela merda e destampei a banheira. Suava frio, tremia, mas era o jeito. Queria acordar e não conseguia, um pesadelo mesmo!
- E aí? Você associa este sonho com alguma coisa que está acontecendo? Algum sentimento? Alguma experiência pessoal? O que significaria este sonho?
- Não sei...
- (silêncio)
- Ah! lembrei! Teve reunião da Diretoria Financeira. Os analistas financeiros perceberam que nossos lucros estão diminuindo. Quer dizer, poderão diminuir, pois nos últimos anos a gente só tem batido recordes de lucro. Acontece que essa política de diminuir a taxa Selic pode fazer o povo investir mais na Poupança que nos Fundos de Investimento, o que vai levar pro ralo os nossos lucros... Uma hecatombe!
- Hecatombe...
- O senhor sabia que a Poupança já tá valendo a pena? Antes era pra enganar o pobre, agora já está ficando interessante... Tenho de achar uma solução pra isso.
- Hmmm
- Ah! vou parar por aqui, tá bom? Tenho uma reunião agora à tarde. Semana que vem eu volto.
- Estarei aguardando.

_______________
Dia seguinte, nos jornais:

Finanças - Banco quer cortar renda da poupança

Instituições temem que queda de juros leve aplicação mais popular do país a tirar depósitos de fundos de investimentos

Os bancos querem que o governo mude o sistema de remuneração da poupança. Eles temem que, com a queda progressiva da taxa básica de juros (Selic), a remuneração do investimento mais popular do país, com cerca de 70 milhões de aplicadores, fique cada vez mais próxima da dos fundos de investimento, tornando-se uma ameaça para essas aplicações, que oferecem mais lucros para o sistema financeiro. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) apresentou ao governo uma proposta para mudar o cálculo da rentabilidade da poupança, de forma que a Taxa Referencial (TR), usada na correção mensal, acompanhe a queda da Selic. Hoje, a caderneta tem rendimento de 6% ao ano e correção de 2,5% ao ano da TR, em média. Como a TR é baseada no rendimento de títulos bancários (CDBs e RDBs), mesmo que a Selic caia, o ganho não é tão afetado.

13 novembro, 2006

Acontecências

Dois acontecimentos da crônica policial mineira chamaram-me a atenção, nesta semana:

1. uma mulher, em Montes Claros-MG, levou 6 (seis) tiros na cabeça. Seria mais uma morte causada por um ex-companheiro ciumento, numa prova de que o machismo e a violência contra a mulher (uma coisa muitas vezes é sinônima de outra) se não fosse o desfecho da história: nenhuma bala penetrou no crânio da vítima! Uma e outra emaranharam-se nos cabelos, outras se alojaram entre o couro cabeludo e o osso.

2. num assalto, um entregador de pizza, aqui em Belô, recebe tiro no peito, calibre 38! A bala (ou, segundo os especialistas, o projétil) atingiu o fecho do zíper do agasalho utilizado pelo motoboy. Resultaram apenas leve escoriação e um susto maior que o mundo!

Já ouvi casos de moedas ou medalhas salvarem vidas. Ainda aqui em Belô, há dois anos, um sujeito empurrou a companheira janela abaixo, do alto de um prédio. A vítima caiu sobre um transeunte: ambos se machuraram, ninguém morreu...


Penso eu que a dona Morte dá uma vacilada, vez por outra. Deus protege, o "corpo tá fechado", "não chegou a hora", "o sujeito nasceu de novo"...


Dá vontade de acreditar no tal de 'maktub': está escrito! Ou para o bem, ou para o mal.

Nesses casos, para o bem!

11 novembro, 2006

O sapo e as uvas

Do tamanho de um bago de uva
o sapo surpreende o fotógrafo
e quase vai
goela abaixo.
Apreendido num click
dá um salto
e escapa.

(Foto by Cláudio Costa, nas Vinhas da Serra do Caraça).
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BH by night

Noite chuvosa, ontem.
Nuvens baixas refletem a iluminação da metrópole.
A faixa mais iluminada, no meio da foto, é a Avenida Raja Gabaglia, que serpenteia por 7km do Gutierrez ao BHShopping
Foto batida da casa de um casal amigo, no Alto do Santa Lúcia.
Frio & vento: 10° C em pleno novembro.
 Posted by Picasa

09 novembro, 2006

Vela para os pobres e fogueira para os ricos

Opinião de Leonardo Boff sobre os rumos do II gov. Lula:
"O mais provável é que o governo dê prosseguimento à receita do Banco Mundial: tostões para os pobres e bilhões para os ricos.
Assim, aplaca-se a ira nas duas pontas da estrutura social:
Aos pobres, políticas sociais que exigem, do orçamento do Executivo, cerca de R$ 10 bilhões por ano.
Aos ricos, detentores dos títulos da dívida pública, o Bolsa Fartura que lhes transfere anualmente aproximadamente R$ 100 bilhões.
Tudo parece simples se no porão das contas públicas não houvesse uma bomba prestes a explodir: os limites da relação dívida/PIB.
Quanto mais – em valor e tempo – o governo pode transferir à cornucópia da elite?
A resposta não parece animadora vista do buraco em que anda o pífio crescimento do país. Se o PIB crescer, pode-se suportar relativo crescimento da dívida pública.
Mas como desatar o nó do crescimento sem cortar gastos públicos e reduzir os juros?
O governo quer manter acesa a vela destinada aos pobres e a fogueira que aquece a renda dos ricos. Até agora, a saída que encontrou para agradar uns e outros é aumentar impostos, hoje em 37,37% do PIB, e apertar ainda mais o cinto do ajuste fiscal.
Assim, poderá manter a Bolsa Família e a Bolsa Fartura, e engordar sua poupança no exterior, hoje calculada em US$ 70 bilhões, um recorde comparado às administrações anteriores.
Talvez a opção do novo governo Lula seja mesmo a de manter o Brasil no banho-maria das políticas neoliberais, sem tocar nas estruturas que impedem a redução da desigualdade social e favorecem a multiplicação geométrica da fortuna dos 20% mais ricos da população.
Se assim for, nem é preciso falar em “pacto social” ou “concertação”.
Basta o PT entender-se com o PSDB e oficializar, como nos EUA, a alternância no poder, deixando o PMDB entregue à sua sina de “hay gobierno, soy favorable”.
Os descontentes que se organizem e mobilizem."
_____________________
Trecho extraído da crônica semanal de Leonardo Boff, publicada hoje no EM. Fala quem já esteve por dentro dos palácios, em Brasília.

06 novembro, 2006

Wikisexypedia

1. Preferência sexual dos brasileiro:
  • hetero: 94,5%
  • homo: 4,2%
  • bi: 1,3%
2. Já transaram com pessoa do mesmo sexo:
  • elas & elas: 4,1%
  • eles & eles: 10,4%
3. Não praticam sexo:
  • elas: 7,7%
  • eles: 2,5%
4. Por que não?
  • convicção
  • falta de opção
  • aversão
5. Hora boa pra sexo:
  • sem hora marcada: 66%
  • só em situações especiais: 7%
6. Bicho de pé:
  • insatisfeitos com a qualidade das próprias ereções: 45,1%
7. Receita de qualidade:
  • atração
  • tempo
  • tranquilidade
  • clima
  • afeto
8. Sentem dor na hora "H":
  • elas: 17,8%
  • eles: 4,5%
9. Não conseguem "ver estrelas":
  • elas: 26,2%
  • eles: 4,9%
10. Tipos de orgasmo:
  • instantâneo
  • demorado
  • único
  • múltiplo
  • discreto
  • escandaloso
  • fingido
  • verdadeiro
  • ejaculado
  • lubrificado
  • a seco
11. O que mais atrapalha:
  • cansaço
  • rotina
  • pouco tempo
  • ansiedade
  • sexo programado
12. O que piora:
  • tabagismo
  • estresse
  • álcool
  • sedentarismo
  • alimentação desbalanceada
  • drogas
___________
Fonte: Sexo pode ser menos mito e mais verdade - Dra. Carmita Abdo. Editora Prestígio. S.P.2006

03 novembro, 2006

Delicadeza: Bom pras cabeças

João Paulo Cunha escreveu, hoje, no caderno Pensar do EM:

A vontade de poder é uma atitude que já foi apontada como regressiva e autoritária. É exatamente o contrário. Nietzsche acreditava tanto na capacidade de realização do indivíduo que não podia aceitar que a vida fosse gasta no exercício inútil de seguir ordens emasculantes. Para o homem que filosofou com o martelo, o que vale é a vida. A tradução do propósito do pensador pode ser tentada nos momentos aparentemente mais simples da existência: o gosto em se dedicar à verdadeira arte; o prazer em conviver independentemente de amarras sociais; a ânsia em aprimorar o mundo pela educação.

Se o pólo da assertividade é fundamental, a dimensão da suavidade pode ser o outro ingrediente da mezinha que vai nos redimir dos achaques decorrentes da perda do tempo e do espaço. O homem perdeu, juntamente com o sentido da história e da familiaridade (outras formas de se definir tempo e espaço), o prazer em ser bom.
A delicadeza, que sempre expressou a civilidade, se tornou defeito no momento em que a competição a todo custo domina a área. Encontrar com pessoas polidas pode ser uma forma de iluminação.




O VIDA EM CENA: GRUPO DE TEATRO ESPONTÂNEO foi criado em março de 1999 com o objetivo de pesquisar,... praticar, ensinar e divulgar o Teatro Espontâneo-TE, em suas diversas modalidades. Apresenta espetáculos desde setembro de 1999, para colégios, faculdades, empresas, grupos comunitários e instituições. Tem promovido cursos e oficinas de TE para jovens, educadores, profissionais de RH, lideres comunitários, pessoas de terceira idade, coordenadores de grupo e outros profissionais. Nos espetáculos atuam de quatro a seis atores, um ou dois músicos e um (a) diretor (a).

TEATRO ESPONTÂNEO:
É uma forma de teatro que se fundamenta na experiência de co-criação entre atores e platéia, aliando improvisação e interatividade. Sua origem remonta ao "Teatro da Espontaneidade", criado por Jacob Levi Moreno, 1921, em Viena, Áustria.

O Vida em Cena pesquisa e aplica as seguintes modalidades de Teatro Espontâneo: Playback Theatre, teatro fórum, teatro debate, sociodrama, jogos teatrais, jogos dramáticos e teatro relâmpago ("esquetes" de teatro interativo).
Estas modalidades podem, também, ser integradas a programas de desenvolvimento, seminários e palestras.

PLAYBACK THEATRE (PB):
É a modalidade de TE mais utilizada pelo Vida em Cena: pessoas do público contam histórias ou momentos de sua vida que são imediatamente encenados pela trupe.
Há uma valorização dos pequenos fatos do dia a dia, da importância de se contar / ouvir / compartilhar as histórias pessoais. Ao verem suas histórias recriadas esteticamente no palco, as pessoas podem perceber novos aspectos e ampliar sua consciência. (Leia mais aqui)

Programa para 2a. feira, dia 6.nov:


ESPETÁCULO DE TEATRO ESPONTÂNEO - “GESTOS DE DELICADEZA...”

Dia 06 de Novembro - Segunda-feira - Início às 19:45h.
VIDA EM CENA: GRUPO DE TEATRO ESPONTÂNEO - O TEATRO DO INESPERADO!
APRESENTA:

"GESTOS DE DELICADEZA..."

Direção: SHEILA COSTA - Voz e Sonoplastia: MARLI ALVES

Atores: CLÓVIS COSTA, CONSOLAÇÃO, CRISTIANE LEITE, JOSÉ CARLOS RODRIGUES, NÉLIA CYPRIANO e ZOÉ VALE.

Dia 06 de Novembro - Segunda-feira - 19:45 h

Local do evento:

CASA: Centro de Atenção à Saúde do Adolescente - FULIBAN.
Rua Tomé de Souza, 67 - 4º andar - Cruzeiro - BHte.

ENTRADA: R$5,00 (cinco reais) + a doação de 1 litro de leite desnatado, ou 1 pacote de 250g de café em pó, ou 1 kg de açúcar cristal.
(Obs: Os alimentos são para atendimento aos adolescentes carentes assistidos pelo "CASA" - FULIBAN).

01 novembro, 2006

Vontade de ser anjo

Além dos atrasos decorrentes da operação padrão desencadeada pelos controladores de vôo, vivenciei uma experiência que não desejo pra ninguém.

14,30h: Ao desembarcar no aeroporto de Confins (Belo Horizonte), enquanto aguardava nossas bagagens (minha e da Amélia) frente à esteira rolante, comentei com outro passageiro:
- Pra mim, a pior hora do vôo é essa espera.
- Por que?
- Porque sempre acho que a minha mala não vai chegar. O melhor é que sempre chega, não?

Havíamos despachado 2 malas e 1 bolsa. Primeiro, veio a bolsa; a seguir, a minha mala! Faltava a da Amélia. Aos poucos, a esteira foi se esvaziando e, no final, deslizava melancolicamente, sem nada por cima... E nós ali, com "cara de tacho".
- Pronto, pensei, minha paranóia até que fazia sentido. Um dia isso iria acontecer!

15,10h: Procuramos o setor de LL (não sei o que significam essas letras) da TAM. Os funcionários me tranquilizaram e disseram:
- Sua bagagem vai chegar no próximo vôo, dentro de 50 minutos. Esse tipo de problema pode acontecer.
Mesmo assim, fizeram uma ocorrência (que chamam de 'processo') e, via computador, entraram em contato com todos os LL do Brasil, principalmente o setor de despacho de Congonhas-SP, ponto de conexão entre Curitiba e Belo Horizonte.

16,00h: O vôo seguinte aterrisou, as bagagens circularam. Cada passageiro pegou a sua e... a nossa mala não veio!

16,30h: - Podem ficar tranquilos, garantiu a funcionária da TAM, isso acontece e, em 99% das vezes, a bagagem é localizada até o final do dia. À noite, certamente, será entregue na casa de vocês, sem ônus.

Fazer o quê?

16,44h: Resolvemos procurar a delegacia da Polícia Civil, no próprio aeroporto e foi lavrada uma ocorrência. Afinal, caso o pior acontecesse, teríamos mais uma instância a acionar, em busca de indenizações.

17,00h: Com "cara de Sexta-Feira da Paixão", tomamos o Executivo para o centro de BH, três horas após o desembarque!
Amélia já fazia o inventário dos pertences 'perdidos': Roupas, bijouterias, presentes pros filhotes, cosméticos... enfim, tudo aquilo que uma mulher bem feminina transporta quando viaja! Minhas palavras eram de solidariedade e consolo:
- Calma, benzim... mais tarde isso vai ser resolvido.
Dentro de mim, porém, um resquício paranóico: e se tivermos sido roubados? Afastava logo o pensamento tão incômodo e prestava atenção às obras da Linha Verde, em construção.

17,30h: Estávamos já a meio caminho entre Confins e BH quando o celular tocou. Pensei:
- Deve ser a nossa filha, Ana Letícia, que ficou de nos esperar no Terminal.
- Alô! disse uma voz feminina. Você esteve num congresso médico?
- Sim, por que?
- E está chegando hoje?
- Isso mesmo?
- Pois é, Dr. Cláudio, meu marido está com sua mala.
- Que boa notícia!
exlamei alvoroçado. Como isso aconteceu?
- Ele a pegou, por engano. Só quando chegou aqui em casa, no Bairro Santo Antônio, descobrimos o erro. A nossa é verde e mesmo assim trouxe a sua, preta.
- Ótimo! Ótimo! Onde posso buscá-la?
- Olhaqui, ele já está de volta ao aeroporto, porque a nossa mala ficou lá...

O desfecho foi o seguinte:

Às 22h chegou-nos a bagagem, intacta, entregue pela companhia aérea.
Foi só então que nos consideramos chegados de viagem.
Em algumas horas passamos do luto à alegria.

Fica-nos, porém, uma questão: como é que pode alguém sair da sala de desembarque carregando uma mala que não lhe pertence? E o ticket de bagagem, quem o confere?

Melhor ser como anjos: viajar pelo espaço com nossas próprias asas, sem lenço nem documento, sem bagagem nem aeroportos... sem controladores de vôo, sem atrasos, sem esteiras onde as malas podem desaparecer.
Ou não.

29 outubro, 2006

O retorno

No vôo JJ3214, de volta a Belo Horizonte,
após 1 semana em Curitiba!
Agora, descansar que ninguém é de ferro...
ou melhor, pegar no batente
daqui a pouquinho: a segunda-feira
nos espera!
C'est la vie!

28 outubro, 2006

Soié & Castelo do Batel

1) Quem visita este pedaço há mais tempo, já sabe que Soié é o meu pai: Ismael. Neste 28out, infelizmente, não poderei abraçá-lo pessoalmente pelo seu aniversário. Faz 83 anos! Com saúde, inteligência, bom humor, savoir-vivre e BLOGUEIRO.

Certamente, lá em Nova Era, haverá encontro da família Costa: filhos e filha, netos, etc. Imagino, daqui, a animação reinante com a casa cheia de gente. Minha mãe, Aparecida, atenta a tudo e a todos, ansiosa por servir um almoço especial. Churrasquinho, cerveja, alegria, fuzarca, brincadeiras e, à noite, sessão de "causos" na varanda.

Para o papai, um grande abraço e PARABÉNS!

2) Castelo do Batel é uma construção em estilo neoclássico francês (os arquitetos que me perdoem, se não for exatamente assim) que pertence à família Lupion, aqui em Curitiba. Fica na esquina da Av.Batel com Rua Teixeira Coelho, no centro de um imenso lote ajardinado. Atualmente funciona como casa de recepçoes. Estivemos lá, ontem à noite, para um jantar oferecido por uma indústria farmacêutica. Ofereceram, antes, uma palestra com o intuito de nos convencer que o antidepressivo deles é o melhor do mundo. A gente já está escolado: não existe a pílula da felicidade!A indústria farmacêutica, como todo sistema capitalista, visa o lucro.

Investem milhões de dólares em pesquisa e 'precisam' vender. É assim. Cabe aos bons profissionais estudarem muito e aprenderem a fazer leituras críticas, filtrar as afirmações, checar as estatísticas. Diz-se que, à indústria, interessa 'realmente' um bom produto, seguro e eficaz, pois venderão mais e não serão processadas por fazerem mal aos usuários (os pacientes, nós mesmos). Se não forem picaretas, até dá pra acreditar.

Por outro lado, nós, os profissionais, também queremos (digo dos honestos) cuidar bem dos pacientes, mitigar o sofrimento e não prejudicar ninguém. Há riscos com a química, todos sabemos. Risco x benefício, eis a questão.

Tudo isso deve estar na mente da gente quando 'aceita' um convite para eventos "científicos" regados a bons jantares, vinhos saborosos e charme. Foi assim, ontem, no Castelo de Batel. (Nossas fotos serão postadas, em breve).
__________________
Amanhã: Belo Horizonte.