09 fevereiro, 2005

Evoé, Baco! Falando de uvas e de vinho.

Um sonho é para ser realizado, embora Freud tenha ensinado que "os sonhos são a realização dos desejos recalcados".
Há quase cinco anos começamos, um grupo de 7 amigos, a implementar um vinhedo nos contrafortes da Serra do Caraça. A altitude, o clima, o terreno, tudo se configura num clima europeu, além da tradição em fabricação de vinhos pelos padres do antigo Colégio do Caraça.
A primeira safra, mirrada, quase desanimadora, ocorreu em 2004. Mas agora, em janeiro, é hora de cantar: Evoé, Baco!

Dionísio ou Baco

Baco, na mitologia romana, é o correspondente a Dionísio, da mitologia grega. Dionísio é o deus da vegetação - morre violentamente, mas, retorna à vida. Assim como toda semente que passa uma parte do ano embaixo da terra, Dioniso morre, renasce, frutifica, torna a morrer e retorna ciclicamente. A sua história reproduz as estações do ano: a época de semear, de esperar a semente germinar e finalmente a colheita.
Assim, as uvas: as parreiras parecem morrer e, de repente, eis que brotam exuberantes, cheias de vida. Aos poucos, os cachinhos vão se formando, amadurecem e... chega a hora da vidima.
Finalmente, a primeira safra de verdade aconteceu. As uvas já foram devidamente esmigalhadas e, agora, repousam em lenta fermentação nos tonéis. A adega recende o aroma de vinho fresco pelos corredores do vetusto Colégio, anunciando um vinho encorpado a partir das uvas Bordeaux e um rosé mais suave com as uvas Niágara.

Amigos e amigas, cantem comigo: "Evoé, Baco!"

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