02 janeiro, 2007

Sim, mas...

Dentre meus desejos para 2007, um deles é que Deus me poupe dos chatos, daqueles chatos que se assentam a seu lado numa mesa de boteco e dão palpite sobre tudo, sabem tudo, criticam tudo. São aqueles que sempre concordam com você, dizendo:
- Sim, mas...

Se você lhes pergunta o que achou do filme tal, comentam:
- Ótimo, mas...

Ao contar-lhes que fomos à praia, logo perguntam:
- Choveu lá?

Se nos referirmos a um passeio a Natal, dizem logo:
- Você não foi a Jenipabu? Ah! então você perdeu.

Quando narramos algum episódio e citamos uma cifra, por exemplo: "Hoje, às nove horas, estourou uma bomba lá no Rio de Janeiro", imediatamente retificam:
- Não foi às nove, foi às 20 e 50!

E se você aponta o sucesso de alguém, reparam:
- É, mas fulano não é tão bom assim, aquilo foi sorte, herança, proteção, qualquer coisa.

Pior é quando começam:
- Fulano, se eu fosse você, faria de outro jeito.

Argh!

Pois, em verdade lhes digo: se esses chatos de galocha (expressão antiga, heim?) passarem longe de mim no ano que se inicia, já me dou por satisfeito.
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O único 'chato' que manterei por perto, visitarei sempre e recomendo a todos é este aqui.