19 abril, 2005

ON THE ROAD

Sapassado, José Maria Maciel e eu viajamos a fim de inspecionar o trabalho com as vinhas, na Serra do Caraça . São 110 km a leste de Belo Horizonte, pela tortuosa BR-262 - apelidada carinhosamente de "rodovia da morte" (São tantas estradas com este apelido, que disputam para ver quem mais mata e faz jus ao epíteto).
O assunto de nossa conversa evoluiu da indignação com abandono das estradas pelo DNIT (governo atual e anteriores) e com a imprudência dos motoristas, a ultrapassarem em locais proibidos e desenvolverem velocidades incompatíveis com a rodovia, com risco para si e - pior - para nosotros.
- É preciso educar este povo! exclamou Zé Maria.
- Como assim?
- Tem que informar, educar, mostrar sempre os riscos. Este povo precisa saber comportar-se melhor!
Fiquei a matutar sobre o alcance do que, comumente, chamamos de
"educar" e sobre a real eficácia do conhecimento:
- Conhecer não é suficiente. Saber do perigo, só, não funciona. Os fumantes sabem dos riscos e fumam. Os alcoólatras evoluem para a sarjeta e prosseguem, os alunos são avisados da prova e não estudam...
- Então, o que adianta?
- ?