30 agosto, 2016

Metonímia na vida cotidiana

Era uma vez... melhor: há muito tempo, eu dividia salas com outros colegas, psiquiatras e psicólogas ( Maria Luisa Salomon e Virginia Rego eram duas delas ).
Numa pequena cozinha, compartilhávamos casos, idéias, biscoitos e, vez por outra, uma fatia de bolo que Amélia Procópio confeccionava carinhosamente.
Certo dia, a secretária vem e me dá um recado:
- Dr. Cláudio, uma sua aluna, da PUC, telefonou que vai trazer o pacote com pequenas rãs, para o senhor.
Foi unânime a exclamação:
- O quêêê?
E eu:
- Não tenho a menor idéia do que seja isso... Lá em casa não temos o costume de comer rãs.
E a conversa evoluiu para troca de receitas e impressões gastronômicas de toda ordem.
Dia seguinte, lá estava um envelope pardo. Dentro, algumas folhas com xerox do artigo de Freud: "O pequeno Hans".