11 fevereiro, 2007

Turista em casa


Amélia e eu resolvemos fazer um tour por nossa Belo Horizonte: ontem, à tarde; hoje, pela manhã.

Aproveitamos a caminhada diária (o coração agradece!) e visitamos locais por onde passamos, de carro, com destino e hora determinados.

Pelas janelas do automóvel, as paisagens desfilam céleres . Mesmo que quiséssemos usufruí-las, o estresse do trânsito não nos permitiria reduzir a velocidade, fotografar, respirar cultura. Qual nada! Ficamos de olho na pista, nos retrovisores, atentos aos sinais. É preciso suportar até os mal educados.

Vez por outra um comentário:
- Olha! como está bonita a Pampulha!
- Vamos trazer nossas visitas aqui, um dia...
- Como Belo Horizonte cresceu!
- Que pena, quanta sujeira, quanta pichação nas casas...
O diálogo pontua o caleidoscópio intinerante, nem sempre agradável de se ver.

Muitas vezes, somos surpreendidos pela tonalidade das copas das árvores, pelo colorido das florzinhas amarelas de sibipurunas ou pela explosão dos ipês - roxos, amarelos, rosas!

Após dias de chuva, como é gostoso deixar-se levar pelo azul do céu, no qual as nuvens brincam de assumir formas infinitas, ora carneirinhos, ora monstros medonhos, ora fiapos de lã prateada pelo sol poente.

- Vamos passear?
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