18 outubro, 2008

Congresso e amenidades

O Planalto Central está quente e seco. Mas há razoes para um passeio no Pontão, à beira do lago Paranoá: alguns restaurantes, os reflexos das luzes da Capital e a lua cheia soberana que me convida a passear tranquilamente com Amélia. Não diria que enlouqueci e, como Ismália, enxerguei ''uma lua no céu, outra lua no mar''. Não. Mas o poeta Alphonsus, certamente, repetiria a metáfora se aqui estivesse e fosse estimulado pelo chopp geladíssimo do Bierfass.

Congressos são para trabalho, estudo, encontros com um milhão de colegas e centenas de ex-alunos, muitos deles espalhados por esse país: Florianópolis, Recife, São Paulo, Juiz de Fora, Ceará, interior de Minas, etc.

Mas vir a Brasília teve outro especial sabor, o sabor dos abraços aos amigos Paulo & Letícia e Valdir & Autinha.

No mais, é correr de uma sala a outra, caminhar meia maratona dentro do Centro de Convenções Ulisses Guimarães, enorme. Além disso, há os stands da indústria farmacêutica, tal como uma feira de parque de diversões, cada laboratório brigando para atrair a atenção dos congressistas para seus produtos. Distribuem material científico, claro, mas repartem brindes, lanches, sorvetes, bugigangas. Também há utilidades, como livros técnicos, vídeos educativos (na área psiquiátrica) e ilhas de conforto onde nos assentamos com os colegas, descansamos as pernas e combinamos o que fazer, à noite, que ninguém é de ferro.

Tudo isso aconteceu de quarta até hoje. À tarde, encerra-se o evento e amanhã estaremos de volta a Beagá.

O intervalo na rotina diária é, igualmente, outra grande motivação para sair por aí, todo ano, cada vez em uma cidade. Ano que vem o Congresso da Associação Brasileira de Psiquiatria será em Sampa. Depois, em Fortaleza.

A ciranda continua, a engrenagem gira e a lusitana roda.