18 fevereiro, 2005

O CÓDIGO DA VINCI: nota 4, em 10

Estou acabando de ler O Código da Vinci, de Dan Brown.
As resenhas falam que o romance(?) é genial e que vendeu mais de 15 milhões de exemplares. Há 43 semanas ocupa o primeiro lugar na lista dos Mais Vendidos na revista Veja!
Acho que estou atrasado em falar do livro: pelo menos 15 milhões o leram antes de mim; na internet/blogs há milhares de sites/posts e, quando comento, todo o mundo diz que já leu! I´m the last reader.
Outro dia, deixei meu carro num estacionamento próximo à Santa Casa, em Belô. O tomador-de-conta, ao ver-me com o Código, comentou:
- Ah! já li esse aí, é muito bom. O senhor já chegou na hora da Maria Madalena?
- Sei...
- Será que é verdade?
- Anh?
- Todo o mundo engana a gente, até o Papa, o senhor vai ver lá.
- É?
- E dizem que o vão fazer um filme com o Tom Hanks.
- Humm..
[Eu devia estar de ótimo humor!]

Pensei comigo: talvez o filme seja melhor que o livro. Se escolherem bem a trilha sonora, vai arrebentar! Por que?
Porque é exatamente isso: um roteiro esquemático, amarradinho, tudo acontecendo em pouco mais que uma noite. Apenas ação frenética, suspense, cortes em momentos de maior tensão, soluções quase mágicas, reviravoltas... Um Indiana Jones mais pretensioso. Um Lara Croft sem explosões espetaculares. Um thriller policial metido a besta. Devem colocar uns cantos gregorianos...
Se me perguntam se estou gostando, digo: "Embora não seja literatura, é um bom divertimento."
Li durante horas, numa fila, e o tempo passou rapidinho. Além do mais, estimulou-me a pesquisar alguns temas em torno dos quais a trama se desenrola - evangelhos apócrifos, criptografia, pentagramas... - e isso que me enriquece.
Mas acho que não merecia estar na lista dos mais vendidos. Enfim, moda é moda!