29 janeiro, 2007

Leitura crítica

Você acredita em tudo que lê nos jornais, assiste nos noticiários da TV, escuta dos políticos ou vê nas propagandas e mensagens das empresas?
  • Você confia cegamente nas informações obtidas na internet?
  • Você procura saber quais intenções determinaram a escolha de uma manchete de jornal, o tamanho da letra, a foto que a ilustra?
  • Você já percebeu que há jornais, revistas e TVs que defendem determinadas idéias, posições políticas (criticam sempre ou elogiam sempre o governo)?
  • Você acha que os jornalistas e repórteres são livres para apresentarem os fatos tais como aconteceram, sem que a notícia seja publicada eivada de preconceitos, juízos morais, posições ideológicas?
  • Você sabia que, "mais importante que o fato, é a versão do fato"? (frase cínica de um político cujo nome não guardei).

"No tempo das imagens - hoje, agora - é assim: imagens são ícones e, portanto, devem ser selecionadas, ideologizadas e sacralizadas. As imagens fazem parte do show de entretenimento. Na Guerra do Afeganistão o mundo é virtual simbolizado num tal Osama Bin Laden, que ninguém viu, ninguém vê, ninguém sabe onde está. Ele, tão real para os de casa, mas ali, em sua casa, uma caverna imaterial, platônica, não existe. Lá, diz a TV nossa, a do bem, que é norte-americana, existe a miséria, a fome, o mal. Tudo culpa desse tal de Bin Laden. Felizmente os Estados Unidos invadem este espaço etéreo: chega a salvação: fiat lux! Nossos intrépidos jornalistas lêem os releases do Departamento de Estado: agora eles, os bárbaros, os afegãos, podem fazer a barba e jogar futebol. Alá é substituído por Deus. Jesus salva. A civilização chegou." [Dioclécio Luz]

Outro dia, li o Observatório da Imprensa este artigo aqui, onde Carlos Castilho faz comentários interessantes sobre Leitura Crítica:

"A leitura crítica é um conceito antigo e que era discutido até agora, apenas dentro dos ambientes universitários. Mas o aumento oceânico da informação disponibilizada pela internet acabou transformando-o numa ferramenta quase obrigatória na luta pela sobrevivência dentro da selva noticiosa na qual passamos a viver.
Até agora nós, os leitores, estávamos tranquilos porque acreditavamos piamente que a imprensa era quase infalível e que os seus integrantes eram profissionais vigilantes que zelavam pelas informações que nós tomavamos como base para decidir o que fazer. A tranquilidade foi quebrada quando descobrimos que a realidade não era bem esta não só por conta dos sucessivos escândalos envolvendo manipulação das informações como casos claros de fraude noticiosa."
[continua]

O pior é que tem muita gente que pensa assim:
- Me engana que eu gosto!
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Foto retirada deste link.