Quem é Soié?
Soié é o apelido de meu pai, Ismael. Se fosse fazer-lhe um rapidíssimo perfil, começaria assim:
Meu pai "é um sujeito espirituoso"....
a palavra "espírito" vem do latim (spiritus) que, por sua vez, vem do grego "Pneuma". Tanto "spíritus" quanto "pneuma" significam "sopro". Por isso, a gente chama aquela borracha cheia de ar de PNEU, abreviatura de "pneumático". O médico que cuida de pulmão é o pneumologista, para diagnosticar as pneumonias... Daí, a gente lê na Bíblia que, após moldar no barro o corpo de Adão, Deus "assoprou e infundiu-lhe o espírito", ou seja, encheu-o de ar... que traduzimos por "alma"="espírito".... No Novo Testamento, em Pentecostes, o "Espírito Santo" (o sopro divino) desce sobre os apóstolos.
Ora, do barro inerte a um ser vivo, só mesmo cheio de "ar", "de espírito", de "alma".
Quando alguém está angustiado (angústia = aperto no peito) é porque sua respiração está insuficiente, consequência da ansiedade, do medo, da depressão... A voz (produto do ar que sai dos pulmões e vibra nas cordas vocais) fica mais fraca... às vezes, até dizem: -"parece que tem um bolo aqui na minha garganta"... quando queremos chorar, ficamos com um nó na garganta e quando gargalhamos, rimos até "até faltar ar"... ou seja, para podermos rir bastante, é preciso estarmos cheios de ar, ou seja: sermos ESPIRITUOSOS.
Quando paramos de respirar, o "espírito" se vai, é o fim.
Por tudo isso, meu jovem pai de 80 anos é um senhor muito vivo, pois é super-espirituoso, conta piadas e brinca com todos: é a VIDA em pessoa!
Para quem não conhece: meus Pais!
Basta pensar em sentir Para sentir em pensar. Meu coração faz sorrir Meu coração a chorar. Depois de parar de andar, Depois de ficar e ir, Hei de ser quem vai chegar Para ser quem quer partir. Viver é não conseguir. Fernando Pessoa, 14-6-1932
30 maio, 2004
Auxilium profligatis contumelia est.
Muita gente se pergunta por que os iraquianos, afegãos e outros povos invadidos pelos norte-americanos, especialmente pelos "Bush boys", reagem agressivamente contra aqueles que se propõem a "ajudar a restaurar a democracia, acabar com a fome e a miséria, melhorar as condições de vida" e outras benesses. Sem menosprezar as explicações dadas por especialistas internacionais, sabedores de geopolítica e quejandos, nomeio este post com uma das sentenças de Siro. PUBLIUS SYRUS(c. 85 - 43 a.C), era poeta latino, escravo em Roma durante sua juventude e, após ser libertado, percorreu diversas vilas da Itália, declamando suas peças burlescas, recheadas de lições de moral. Algumas de suas sentenças se conservaram até hoje.[M.-N. Bouillet, Dictionnaire Universal d’Histoire et de Géographie. Paris: Hachette, 1857, p. 1462].
Pois bem , o que Siro teria a dizer ao pretenso Senhor do Universo, aquele presidente "bonzinho" do Norte?
- Auxilium profligatis contumelia est! (tradução para Bush: Help wounds the pride of those whose cause is lost!).
Ajuda depois da derrota é afronta..
Para conhecer centenas de citações de Siro, corra para a página do Kocher. É muuuuito boa!
Pois bem , o que Siro teria a dizer ao pretenso Senhor do Universo, aquele presidente "bonzinho" do Norte?
- Auxilium profligatis contumelia est! (tradução para Bush: Help wounds the pride of those whose cause is lost!).
Ajuda depois da derrota é afronta..
Para conhecer centenas de citações de Siro, corra para a página do Kocher. É muuuuito boa!
O tal do "controle externo"
Uma discussão que se arrasta, por ser complexa e por ferir interesses nem sempre honestos, trata do "controle externo" do Judiciário. Tradicionalmente, o Poder Judiciário (Juizes e Magistrados) se ordenam por dispositivos internos ao próprio sistema, seja para prevenir ou remediar possíveis erros sentenciais ou mau uso do Poder, seja para gerir carreiras, salários, promoções, etc. Não vou entrar no mérito da questão, que foge à minha alçada. Entretanto, associo este imbroglio a uma outra esfera: a policial. Também, aqui, sabemos de dispositivos internos ao sistema de Segurança Pública, que tem lá suas Corregedorias e, em última instância, está subordinado ao Poder Executivo. Este, por sua vez, respeitando os limites constitucionais, tem no Poder Legislativo uma espécie de monitoragem quase obsessiva, uma vez que necessita de acordos com partidos diversos para que o Governo se sustente.
È o tal do "equilíbrio" entre os Três Poderes (até nome de praça, em Brasília!) que caracteriza da Democracia representativa.
O que me despertou para o tema foi um post do Alexandre Cruz Almeida, em seu LiberalLibertárioLibertino. Cruz cita uma frase em inglês, "Who Watches the Watchers?",
"Quem vigia os vigias?" que serviu de título para um livro recém publicado:
Um estudo sobre controle externo da polícia no Brasil
Julita Lemgruber, Leonarda Musumeci e Ignacio Cano, Editora Record, 2003. com a seguinte resenha:
"Até mesmo os policiais do próprio país não gostam da Polícia do Brasil. Investigadores, escrivães inspetores, a "tiragem" do policiamento civil, e os soldados, cabos e sargentos, os praças da polícia militar - todos dizem que estão sendo injustiçados e perseguidos pelos superiores hierárquicos. Apontam como vilões a minoria privilegiada das duas entidades: delegados e oficiais da PM que vivem isolados nos gabinetes, distantes dos riscos de morte de quem faz o patrulhamento nas ruas mais violentas do mundo.
A revolta silenciosa da base das duas grandes corporações de segurança pública brasileiras é apenas uma das descobertas deste livro, embora não seja uma obra de denúncia.
Quem vigia os vigias? é o primeiro resultado concreto de um projeto de pesquisa que visa aprimorar o controle externo da polícia, hoje limitado às ações ainda muito frágeis das Corregedorias e das Ouvidorias de Polícia.". Julita deu uma entrevista a Paloma Cotes, da Revista Época (26/2/2004), que pode ser lida integralmente aqui.
Pois bem, AlexandreCruz acaba de pedir aos seus leitores a origem daquela expressão "Quem vigia os vigias?". Após fuçar um pouco, encontrei o site do Professor Henerik Kocher, PÁGINA DOS PROVÉRBIOS, MÁXIMAS E CITAÇÕES, riquíssima em citações em Latim, Espanhol, Francês, Italiano, Português e... Esperanto! Não encontrando a citação em sua página, pedi ajuda ao professor que, imediatamente, enviou-me a seguinte resposta: "Bom dia, Claudio. A frase é "Sed quis custodiet ipsos custodes?" É de Juvenal, Satirae 6.347. No caso, a tradução será "Mas quem vigiará os próprios vigias?" Como ex-aluno do Caraça, você sem dúvida sabe mais latim do que eu, que sou mero amador. Por isso, peço que, se encontrar erros na minha página, me informe, para que os usuários aproveitem melhor. Um abraço, Kocher."
Alguns me falam de "cultura inútil", mas como é bom!
È o tal do "equilíbrio" entre os Três Poderes (até nome de praça, em Brasília!) que caracteriza da Democracia representativa.
O que me despertou para o tema foi um post do Alexandre Cruz Almeida, em seu LiberalLibertárioLibertino. Cruz cita uma frase em inglês, "Who Watches the Watchers?",
"Quem vigia os vigias?" que serviu de título para um livro recém publicado:
Um estudo sobre controle externo da polícia no Brasil
Julita Lemgruber, Leonarda Musumeci e Ignacio Cano, Editora Record, 2003. com a seguinte resenha:
"Até mesmo os policiais do próprio país não gostam da Polícia do Brasil. Investigadores, escrivães inspetores, a "tiragem" do policiamento civil, e os soldados, cabos e sargentos, os praças da polícia militar - todos dizem que estão sendo injustiçados e perseguidos pelos superiores hierárquicos. Apontam como vilões a minoria privilegiada das duas entidades: delegados e oficiais da PM que vivem isolados nos gabinetes, distantes dos riscos de morte de quem faz o patrulhamento nas ruas mais violentas do mundo.
A revolta silenciosa da base das duas grandes corporações de segurança pública brasileiras é apenas uma das descobertas deste livro, embora não seja uma obra de denúncia.
Quem vigia os vigias? é o primeiro resultado concreto de um projeto de pesquisa que visa aprimorar o controle externo da polícia, hoje limitado às ações ainda muito frágeis das Corregedorias e das Ouvidorias de Polícia.". Julita deu uma entrevista a Paloma Cotes, da Revista Época (26/2/2004), que pode ser lida integralmente aqui.
Pois bem, AlexandreCruz acaba de pedir aos seus leitores a origem daquela expressão "Quem vigia os vigias?". Após fuçar um pouco, encontrei o site do Professor Henerik Kocher, PÁGINA DOS PROVÉRBIOS, MÁXIMAS E CITAÇÕES, riquíssima em citações em Latim, Espanhol, Francês, Italiano, Português e... Esperanto! Não encontrando a citação em sua página, pedi ajuda ao professor que, imediatamente, enviou-me a seguinte resposta: "Bom dia, Claudio. A frase é "Sed quis custodiet ipsos custodes?" É de Juvenal, Satirae 6.347. No caso, a tradução será "Mas quem vigiará os próprios vigias?" Como ex-aluno do Caraça, você sem dúvida sabe mais latim do que eu, que sou mero amador. Por isso, peço que, se encontrar erros na minha página, me informe, para que os usuários aproveitem melhor. Um abraço, Kocher."
Alguns me falam de "cultura inútil", mas como é bom!
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