Com muita alegria recebi delas dois presentes, uma verdadeira homenagem: pediram-me o prefácio do livro e a palestra no lançamento. É claro que aceitei!
Pois então, no Restaurante do Minas II, no Mangabeiras, estaremos às 20h desta quarta, para o coquetel.
Ao receber o convite para prefaciar este livro, inúmeras associações surgiram em minha mente. As mais remotas levaram-me ao momento em que entrei em contato com o Psicodrama. Era estudante de Medicina e estagiava numa clínica de atenção psiquiátrica, psicológica e pedagógica a crianças e adolescentes. Foi quando, – aprendiz – comecei a participar das sessões de psicoterapia de grupo, nas quais se utilizavam técnicas psicodramáticas. Minha posição de “observador” evoluiu para a de participante ativo, quase um co-terapeuta, embora ainda sem formação. Bastaram algumas sessões para que fosse arrebatado pela força da invenção de Jacob Levy Moreno: imaginar cenas e cenários, criar e encarnar personagens, experimentar a espontaneidade e a improvisação, aprender a me colocar no lugar do outro e ser surpreendido por sentimentos e conflitos de minha própria alma conduziram-me rapidamente ao setting terapêutico. Fui acolhido pela saudosa Lea de Araújo Porto e um mundo novo se desvelou.
O leitor há de compreender que o Psicodrama proporciona aos seus praticantes um certo tipo de comprometimento afetivo, uma vez que o treinamento da espontaneidade é um de seus fundamentos.
Portanto, saliento duas características essenciais deste livro:
· a transparência, clareza e simplicidade da autoras, que se revelam em cada relato de caso. Demonstram sua atuação e ensinam processos técnicos inovadores, frutos do conhecimento e da espontaneidade;
· a consistência dos pressupostos teóricos adquiridos no estudo constante e aprimorados ao longo de anos e anos de trabalho numa instituição pública.
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