Solilóquio: ato de alguém conversar consigo próprio; monólogo 2 lit teat recurso dramático ou literário que consiste em verbalizar, na primeira pessoa, aquilo que se passa na consciência de um personagem [Opõe-se ao monólogo interior, porque o personagem, no solilóquio, articula os seus pensamentos de forma lógica, coerente.] ¤ etim lat. soliloquìum,ìi 'solilóquio, monólogo', pal. cunhada por santo Agostinho (354-430) para o seu Liber soliloquium, do lat. solus,a,um 'sozinho' + loqui 'falar' [Houaiss]
Lembrei-me dessa palavra erudita ao observar, no trânsito, alguns motoristas que falam, gesticulam e até gritam enquanto dirigem. Hoje, um vizinho de engarrafamento não conversava ao celular, não havia mais ninguém ao seu lado e o sujeito, ali, a discursar em voz alta sobre não sei sobre o quê.
Em caminhadas urbanas, já me deparei com solitários peripatéticos (de peritátésis, der. de peritatéó 'passear, ir e vir conversando - que era como fazia Aristóteles com seus discípulos nos jardins do Liceu, em Atenas). Procuro em volta, penso que falam comigo; mas, não! Conversam consigo mesmos ou com algum ente imaginário? Neste segundo caso, poderiam ser possuídos de louca alucinação (se não visual, pelo menos auditiva), o que se constituiria em sintoma de psicose.
Existem mesmo desses 'loucos de toda espécie' que escutam vozes, dialogam, discutem, altercam ou lançam impropérios contra um fantasma que lhes assolam a vida. Mas não é destes que falo aqui.
O solilóquio pode ser um profícuo diálogo interior (como queria Santo Agostinho), durante o qual, silenciosamente, o pretendente a santo ou o menos presunçoso místico desvendaria um caminho para encontrar-se com a Divindade.
Já os filósofos, igualmente, fazem lá seus solilóquios, num monólogo interior em busca da Verdade, construindo silogismos, contrapondo argumentos e raciocínios, numa dialética rigorosa em busca do conhecimento.
O blogueiro também comete solilóquios. Por que não? De repente, uma idéia me passa pela cabeça. Busco o computador, abro no blogger e ponho-me a conversar comigo mesmo, teclando quase sem pensar. Nessas horas, costumo parir um texto interessante. Se não para quem me lê, pelo menos para mim.
Pois foi o que fiz, agora.
Para deixar de ser solilóquio e tornar-se diálogo interessante, preciso dos testemunhos de vocês, opiniões e compartilhamento de experiências.
Caso contrário, deliro?
Lembrei-me dessa palavra erudita ao observar, no trânsito, alguns motoristas que falam, gesticulam e até gritam enquanto dirigem. Hoje, um vizinho de engarrafamento não conversava ao celular, não havia mais ninguém ao seu lado e o sujeito, ali, a discursar em voz alta sobre não sei sobre o quê.
Em caminhadas urbanas, já me deparei com solitários peripatéticos (de peritátésis, der. de peritatéó 'passear, ir e vir conversando - que era como fazia Aristóteles com seus discípulos nos jardins do Liceu, em Atenas). Procuro em volta, penso que falam comigo; mas, não! Conversam consigo mesmos ou com algum ente imaginário? Neste segundo caso, poderiam ser possuídos de louca alucinação (se não visual, pelo menos auditiva), o que se constituiria em sintoma de psicose.
Existem mesmo desses 'loucos de toda espécie' que escutam vozes, dialogam, discutem, altercam ou lançam impropérios contra um fantasma que lhes assolam a vida. Mas não é destes que falo aqui.
O solilóquio pode ser um profícuo diálogo interior (como queria Santo Agostinho), durante o qual, silenciosamente, o pretendente a santo ou o menos presunçoso místico desvendaria um caminho para encontrar-se com a Divindade.
Já os filósofos, igualmente, fazem lá seus solilóquios, num monólogo interior em busca da Verdade, construindo silogismos, contrapondo argumentos e raciocínios, numa dialética rigorosa em busca do conhecimento.
O blogueiro também comete solilóquios. Por que não? De repente, uma idéia me passa pela cabeça. Busco o computador, abro no blogger e ponho-me a conversar comigo mesmo, teclando quase sem pensar. Nessas horas, costumo parir um texto interessante. Se não para quem me lê, pelo menos para mim.
Pois foi o que fiz, agora.
Para deixar de ser solilóquio e tornar-se diálogo interessante, preciso dos testemunhos de vocês, opiniões e compartilhamento de experiências.
Caso contrário, deliro?
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