O sábado foi especial: meu amigo Sérgio convidou-me a uma trilha jipeira. É o tipo de programa que me dá muito prazer.
Há algum tempo fomos a Matutu, próximo a Aiuruoca, nas encostas sul-mineiras da Serra da Mantiqueira.
A Serra da Moeda e as colinas de Nova Lima também já trilhamos, comendo poeira, varando túneis abandonados e embrenhados sob a copa das árvores.
É difícil descrever a alegria proporcionada pela descoberta de paisagens quase inacessíveis, lindas em sua intocada natureza. Há, igualmente, a adrenalina de vencer a rusticidade das trilhas, pedras, cavacos, buracos, vossorocas, subidas e descidas tão íngremes a desafiar a capacidade do jipe e os nervos do motorista.
Desta vez, o trajeto foi relativamente curto, programado pelo Caminho das Pedras, que o denominou de Passeio Cultural: Passeio com grau médio/ baixo passando por trilhas, matas e montanhas, pela região entre BR-040 e Fidalgo.
Assim, deixamos a rodovia BR-40 (BH-Brasília) pouco antes de Sete Lagoas, em direção à Cachoeira do Urubu, recanto tão bonito quanto escondido. A paisagem é bem rústica, pontuada por pequenos 'ranchos', córregos, áreas de reflorestamento e pastos. Às vezes, serpenteamos sob a copa das árvores. Não faltaram obstáculos, a ponto de termos ficado uns 40min à espera da liderança descobrir um caminho "trilhável" (aconteceu que um proprietário de terra cercou a trilha...).
Ao lado da Cachoeira do Urubu, um comerciante criou um espaço bem arrumado, com gramado, quadra de futebol e um restaurante. Disse que recebe muita gente em fins de semana ensolarados, de dezembro a maio. Lazer bom e barato.
Ontem, os jipeiros éramos os únicos presentes, pois amanhecera nublado e a terra molhada denunciou a chuva que caíra até poucos momentos antes de nossa chegada.
A pausa foi breve, pois muito chão nos esperava.
Até Pedro Leopoldo foi um pulo só, 9 quilômetros vencidos rapidinho, por asfalto. Chegamos ali por trás da estação ferroviária. Lá do alto vislumbrei o prédio onde mora meus tios e minhas primas.
Atravessamos PL, tomamos a antiga estrada BH-Brasília e derivamos à direita, em busca da Fazenda JagoaraVelha, no município de Matozinhos-MG. É uma antiga fazenda da colonial, tendo as ruínas de uma enorme igreja bem ao lado da sede. A pousada é convidativa, mas o tempo urgia e... pé na estrada! Há grande contraste entre aquela paisagem colonial em ruínas e algumas sedes de fazendas modernas, com plantações de milho e feijão, além de alguns haras muito bem cuidados.
Já Fidalgo, distrito de PL, é um distrito em franca evolução, apesar de antigo. Mantém alguns exemplares de casario colonial, esparsos, substituídos que foram por construções atuais, geralmente simples. Suas ruas tortuosas escondem casas de veraneio, entrevistas enquanto o comboi passava.
Chegou a hora do almoço (já às 15,30h), no restaurante Cheiro da Terra: local simples mas de comida típica mineira, na qual não faltou o feijão-tropeiro. Jardins e estacionamento margeando pequena lagoa, cuja foto encima este post.
Assim se passou o sábado, bem arrematado pelo discreto Galo 1x0 Democrata.
Muito mais fotos AQUI.
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