20 março, 2005

PAPO ABERTO

O post sobre Psicodrama rendeu muitos comentários e algumas questões. Então vamos esticar o papo:

1. Os manos Clóvis e Sheila, que coordenam o Vida em Cena, disseram que sua troupe está a pleno vapor e que, brevemente, divulgarão em evento aberto ao público. Darei a notícia, aqui. Já o mano Ismael José, lá de Vitória-ES, filosofa: Viver é representar vários papeis.


A vida tem dessas coisas, temos que parar para nos encontrar.


não pra fazer bonito para os outros e sim por mim mesma. É isso aí, nem no Psicodrama se deve fazer bonito para os outros. Ser o que se é, eis a questão. Acontece que, quase sempre, não sabemos o que somos, pois não sabemos o que queremos. Afrodite, lembra-se do Desejar não é querer ?


4. Márcio Candiani, psiquiatra e atleticano, publica um blog no qual descreve seu trabalho no Centro de Convivência Carlos Prates. Tem fotos dos trabalhos manuais feitos pelos pacientes. Confira.


5. Ismael Cirilo, já famoso na blogosfera, publica seus “causos” originalíssimos vividos ao longo de seus 81 anos no Ontem e Hoje e deixou um recadinho simpático. Como sempre, elogiando o filho. Divirta-se com o último post: E a maré subindo! Subindo... Já sua neta, Ana Letícia, co-produtora do Mineiras, Uai!, já participou de algumas apresentações do Vida em Cena e reforça o belo trabalho do grupo. Seu último post, sobre CIÚMES no Orkut está muito interessante.


6. O Alexandre Inagaki, agradece a etiologia da palavra “papel” para designar o desempenho dos atores numa peça teatral. Sobre a vida e suas vicissitudes, acaba de produzir um post relevante. Não deixe de ler.


7. Alline disse que gostou do post. Tânia, do Ser somente mulher, também. Esta última acaba de replicar um texto do Jabor, que termina bem no espírito do Psicodrama: "A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore, dance e viva intensamente antes que a cortina se feche". É isso aí.



11. Mônica, dona do confessional Monicômio, disse: Ter espontaneidade é uma coisa difícil, por questão de ferrugem, medo... Seu post de hoje está ótimo: “Sexismo é coisa chata”.


Muito interessante o post, Cláudio. Pensei numa questão. Erving Goffman, autor de "A representação do eu na vida cotidiana (The Presentation of Self in Everyday Life)", fala de "atuações" "cínicas" e "sinceras". Ou seja, posso ser "cínico" e manipular o significado de alguns elementos da minha atuação para provocar certos resultados na "platéia". Esse tipo de coisa estaria presente no psicodrama? Dá pra perceber e analisar quando alguém está tentando "manipular a situação"?


13. Reginaldo Siqueira, do polivalente Singrando, pergunta: Um terapeuta (ou psicólogo) trabalha em particular o resultado ao fim da apresentação? Geralmente, não. Se se trata de uma sessão “psicoterápica em grupo”, tudo é dito no grupo, durante a sessão. Faz parte do contrato. Numa apresentação do playback theatre, especialidade do Vida em Cena, aí, sim, dependendo do que foi abordado pelo espectador. Neste caso, porém, não se trata de psicoterapia!


14. E a Bete, do feminino Believe in Life, pontua: as pessoas adoram representar papéis. Por isso mesmo o Psicodrama é uma técnica muito utilizada. Ao “representar”, as máscaras se desmancham e o sujeito é surpreendido pelo ato impensado!


15. Tex Murphy, nome de pistoleiro do velho oeste que luta Por uma Vida Menos Ordinária, pergunta: a pessoa que se expõe em uma sessão de Psicodrama costumam aceitar numa boa a visão das demais sobre o seu problema? Pode até não gostar, mas não é pra isso mesmo que está ali?


16. E o Ricardo Brazooca concorda que realmente é difícil não perder a espontaneidade na vida. Por isso mesmo o Psicodrama existe. Seu criador, o Moreno tem uma frase espetacular: “Deus é espontaneidade, daí seu mandamento: SÊ ESPONTÂNEO!”


Bom Domingo!


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