Mesmo quando não emplacam na audiência, os figurinos, os atores, a ambientação, a edição, a música e o roteiro costumam ser exemplo do cuidado que deveria nortear as emissoras.
Está em cartaz a minissérie JK, sobre a vida do ex-presidente Juscelino Kubitschek, tido como um dos mais bem sucedidos presidentes do Brasil. Há quem o acuse de populista e "criador" da onda inflacionária que assolou o país nas últimas décadas. Os aspectos políticos e econômicos não estão em julgamento, em meus comentários.
Para a gravação em Minas, duas equipes completas de gravação foram deslocadas para o estado e cerca de quase 100 profissionais - entre elenco e equipe técnica - trabalham para compor as cenas que farão parte das duas primeiras fases da minissérie. [leia mais, aqui]
A mineiridade que nos impregna a alma colore definitivamente nossa apreciação, mas... fazer o quê? Uma dose de bairrismo é inevitável ao se falar de JK e de tudo que lhe diz respeito. Afinal, o homem nasceu em Diamantina, percorreu os trilhos que o trouxeram à novíssima capital das Minas Gerais. Os bancos da Faculdade de Medicina que ele frequentou foram frequentados também por mim... As paisagens montanhosas de Minas, as locações (Tiradentes, Diamantina, BH - Praça da Liberdade, Palácio do Governo, casarões, alamedas perfumadas que ainda inspiram caminhantes noturnos nas arborizadas ruas daqui), até mesmo o sotaque, uai! Tudo ressoa no coração mineiro, facilitando a identificação com personagens que conhecemos pelos nomes das avenidas e instituições belorizontinas.
Penso, entretanto, a geração pré-64 há de se lembrar da figura sorridente, dos olhos puxados, da convicção e do otimismo de JK.
Pois tudo isso está brilhantemente retratado nos capítulos já exibidos, o que nos faz aguardar ansiosamente os outros.
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