No meio médico, recebemos SPAM que dizem respeito às nossas especialidades, a medicamentos, etc.
Eis uma SPAM que recebi de um colega. Não sei quem foi autor do texto nem se é verdadeiro o que descreve... afinal, onde anda a Verdade?
Outro dia eu estive conversando com o chefe da oncologia pediátrica do hospital das clínicas, e ele me fez umas revelações que mudaram minha maneira de ver o mundo!
Como vocês sabem, bactérias possuem reprodução assexuada. Quando estão grandes demais, elas simplesmente se dividem em duas bacteriazinhas que são idênticas à bactéria original.
Mas, se elas não fazem sexo, então como se divertem?
Pode parecer incrível, mas a diversão das bactérias é o canibalismo! As bactérias comem umas às outras, numa lambança microscópica de dar inveja a qualquer baile de carnaval!
E, mais incrível ainda, o canibalismo é melhor que o sexo! Geneticamente falando, se dois seres fazem sexo, o filho resultante é muito parecido com os pais, já que há apenas recombinações de alelos, exceto é claro no caso de mutações.
Com as bactérias isso não acontece. Quando uma come a outra, o material genético da primeira mistura-se com o da segunda, o que permite uma variação genética muito maior, e conseqüentemente uma maior velocidade de adaptação ao ambiente. Não é por acaso que grande parte das bactérias hoje em dia são imunes à penicilina: bastou nascer uma que fosse imune, e o canibalismo fez com que o gene da imunidade se espalhasse rapidamente.
Outro processo que pode acontecer, ainda mais curioso, ocorre quando uma bactéria grande come uma bactéria pequena. Pode acontecer da grande não conseguir romper a membrana da pequena, e nesse caso a menor continua vivendo, dentro da maior, como se nada tivesse acontecido. Para todos os efeitos, a menor torna-se uma organela da maior.
Esse processo de canibalismo não é recente; na verdade vem acontecendo muito antes dos seres humanos surgirem. Em especial, ele foi o responsável pelo surgimento de vida aeróbica: algum dia surgiu uma bactéria que era capaz de respirar, processando oxigênio, e uma bactéria maior, anaeróbica, comeu a primeira. Nesse processo, a pequena tornou-se uma organela da grande, e a grande adquiriu a capacidade de processar oxigênio, ainda que indiretamente.
A tal da bactéria pequenina existe até hoje: é a nossa conhecida mitocôndria! Essa teoria pode ser facilmente comprovada, se você notar que a mitocôndria possui um DNA próprio, diferente da célula em que está inserida.
Tal fato bizarro leva a várias considerações curiosas:
Primeiro, eu sempre achei que, quando o projeto genoma acabasse, nossa espécie poderia finalmente ser extinta em paz. Já estaríamos documentados, se alguma raça inteligente pousasse no planeta, poderia clonar um humano a partir da descrição do genoma. Porém, apenas com o genoma humano isso não é possível, já que é necessária também a descrição do genoma da mitocôndria.
Segundo, é um fato conhecido que os espermatozóides humanos perdem suas mitôcondrias quando penetram no óvulo. Como o DNA do espermatozóide não possui informação para sintetizar mitocôndrias, conclui-se que todas as mitocôndrias do nosso corpo são descendentes das mitôcondrias que estavam no óvulo da nossa mãe. Portanto, se é verdade que todo homem tem um lado feminino, tal lado feminino deve estar guardado no DNA da mitocôndria, que é reproduzido exclusivamente pelas mulheres.
Por fim, se o DNA da mitocôndria é diferente do DNA do núcleo de nossas células, significa que ela pode ser considerada uma forma de vida distinta.
Ou seja, nós não somos seres autônomos, na verdade somos simbiontes com nossas mitocôndrias."
________
A propósito: há um monte de informações sobre SPAM na Wikipedia. Veja aqui.
Como vocês sabem, bactérias possuem reprodução assexuada. Quando estão grandes demais, elas simplesmente se dividem em duas bacteriazinhas que são idênticas à bactéria original.
Mas, se elas não fazem sexo, então como se divertem?
Pode parecer incrível, mas a diversão das bactérias é o canibalismo! As bactérias comem umas às outras, numa lambança microscópica de dar inveja a qualquer baile de carnaval!
E, mais incrível ainda, o canibalismo é melhor que o sexo! Geneticamente falando, se dois seres fazem sexo, o filho resultante é muito parecido com os pais, já que há apenas recombinações de alelos, exceto é claro no caso de mutações.
Com as bactérias isso não acontece. Quando uma come a outra, o material genético da primeira mistura-se com o da segunda, o que permite uma variação genética muito maior, e conseqüentemente uma maior velocidade de adaptação ao ambiente. Não é por acaso que grande parte das bactérias hoje em dia são imunes à penicilina: bastou nascer uma que fosse imune, e o canibalismo fez com que o gene da imunidade se espalhasse rapidamente.
Outro processo que pode acontecer, ainda mais curioso, ocorre quando uma bactéria grande come uma bactéria pequena. Pode acontecer da grande não conseguir romper a membrana da pequena, e nesse caso a menor continua vivendo, dentro da maior, como se nada tivesse acontecido. Para todos os efeitos, a menor torna-se uma organela da maior.
Esse processo de canibalismo não é recente; na verdade vem acontecendo muito antes dos seres humanos surgirem. Em especial, ele foi o responsável pelo surgimento de vida aeróbica: algum dia surgiu uma bactéria que era capaz de respirar, processando oxigênio, e uma bactéria maior, anaeróbica, comeu a primeira. Nesse processo, a pequena tornou-se uma organela da grande, e a grande adquiriu a capacidade de processar oxigênio, ainda que indiretamente.
A tal da bactéria pequenina existe até hoje: é a nossa conhecida mitocôndria! Essa teoria pode ser facilmente comprovada, se você notar que a mitocôndria possui um DNA próprio, diferente da célula em que está inserida.
Tal fato bizarro leva a várias considerações curiosas:
Primeiro, eu sempre achei que, quando o projeto genoma acabasse, nossa espécie poderia finalmente ser extinta em paz. Já estaríamos documentados, se alguma raça inteligente pousasse no planeta, poderia clonar um humano a partir da descrição do genoma. Porém, apenas com o genoma humano isso não é possível, já que é necessária também a descrição do genoma da mitocôndria.
Segundo, é um fato conhecido que os espermatozóides humanos perdem suas mitôcondrias quando penetram no óvulo. Como o DNA do espermatozóide não possui informação para sintetizar mitocôndrias, conclui-se que todas as mitocôndrias do nosso corpo são descendentes das mitôcondrias que estavam no óvulo da nossa mãe. Portanto, se é verdade que todo homem tem um lado feminino, tal lado feminino deve estar guardado no DNA da mitocôndria, que é reproduzido exclusivamente pelas mulheres.
Por fim, se o DNA da mitocôndria é diferente do DNA do núcleo de nossas células, significa que ela pode ser considerada uma forma de vida distinta.
Ou seja, nós não somos seres autônomos, na verdade somos simbiontes com nossas mitocôndrias."
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A propósito: há um monte de informações sobre SPAM na Wikipedia. Veja aqui.
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