29 maio, 2004

... e o papagaio se foi!

Madrugada o telefone toca:
- Alô, Sô Carlos? Aqui é o Uóshito, casero do sítio.
- Pois não, Seu Washington. Que posso fazer pelo senhor? Houve algum problema?
- Ah, eu só tô ligando pra avisá pro sinhô que o seu papagaio morreu.
- Meu papagaio? Morreu? Aquele que ganhou o concurso?
- É, ele mess.
- Puxa! Que desgraça! Gastei uma pequena fortuna com aquele bicho! Ele morreu de que?
- Di cumê carne istragada.
- Carne estragada? Quem fez essa maldade? Quem deu carne para ele?
- Ninguém. Ele cumeu a carne dum dos cavalo morto.
- Cavalo morto? Que cavalo morto, seu Washington?
- Aqueles puro-sangue que o sinhô tinha! Eles morreu de tanto puxá carroça d'água!
- Tá louco? Que carroça d'água?
- Pra pagá o incêndio!
- Mas que incêndio, meu Deus?
- Na sua casa. Uma vela caiu, aí pegô fogo nas curtina tudo!
- Caramba!! Mas aí tem luz elérica! Que vela era essa?
- Do velório!
- Velório de quem???
- Da sua mãe! Ela apareceu aqui de noite, sem avisá e eu dei um tiro nela pensano que fosse ladrão!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente aqui.