Eu ia fazer um post sobre nosso (Amélia, Ana, o carioca Alex e eu) passeio de Maria-Fumaça: Tiradentes-São João d'el Rei-Tiradentes. Basta pensar em sentir Para sentir em pensar. Meu coração faz sorrir Meu coração a chorar. Depois de parar de andar, Depois de ficar e ir, Hei de ser quem vai chegar Para ser quem quer partir. Viver é não conseguir. Fernando Pessoa, 14-6-1932
28 janeiro, 2008
Trem bão
Eu ia fazer um post sobre nosso (Amélia, Ana, o carioca Alex e eu) passeio de Maria-Fumaça: Tiradentes-São João d'el Rei-Tiradentes. 25 janeiro, 2008
No final deste mês acontece a 11a. Mostra de Cinema, durante a qual são exibidos mais de 120 filmes, entre longas e curtas, além de vídeos e oficinas de arte.
A cidade barroca se torna destino de centenas ou milhares de pessoas, que acorrem do Brasil inteiro. Não chega a ser uma invasão de bárbaros (esta acontece no Carnaval e na Semana Santa), o que torna a estadia uma oportunidade de viver cultura, enquanto nossos olhos passeiam pelos telhados e paisagens coloniais, palmilhamos vielas tortuosas, num ambiente que nos transporta ao século XVIII.
Foto by Cláudio Costa
Amélia e eu já estamos aqui desde quarta-feira, impregnados de história, assistindo a tudo quanto é filme (a programação é totalmente gratuita).
Os filmes são exibidos na Tenda, um imenso auditório de lona, com ar condicionado, 700 lugares assentados, tela e som de primeiríssima qualidade ou na Praça (Largo das Forras), também com cadeiras confortáveis e todo aparato tecnológico. A iluminação do entorno é desligada e ao povo da cidade se juntam os turistas e os participantes da mostra (diretores, técnicos, atores, estudantes de cinema e cinéfilos em geral). O local se torna um verdadeiro cinema à la belle étoile, como dizem os franceses. O silêncio durante as exibições é sagrado. Ao final, cada um vota de acordo com o próprio gosto. Os votos serão computados para a premiação na Final da Mostra, que será amanhã, às 22h. Ou seja, o juri é totalmente popular.
Foto by Cláudio Costa.
Daqui a pouco, nossa filhota Ana Letícia vai chegar. Teremos sua companhia para curtir os últimos momentos de mais um passeio pelas Minas Gerais.
Se a alguns pode parecer puro bairrismo, saibam todos que as belezas e encantos da cidade conquistam a todos. É impressionante a quantidade de paulistas, cariocas, gente do nordeste e do sul, sem falar nos gringos, que se admiram a preservação histórica e o riquíssimo artesanato local.
Ano que vem nos encontraremos aqui.
22 janeiro, 2008
Cor - Sabor - Textura: Iguaria
A cobertura foi feita com chocolate amargo (cacau em pó) e leite desnatado com uma pitada de açucar. Depois, enfeitou, num exercício quase barroco. Cores, sabores, texturas, aromas: um amálgama que encantou nossos olhos, despertou as papilas gustativas, ativou memórias afetivas e nos transportou ao êxtase:
[Se você não teme ser tachado de maluco, aspire o aroma que exala da tela de seu monitor e dê uma mordida. Pode servir-se de mais um pedaço, não se acanhe. Afinal, internet não é 'vida virtual'? Não há aqueles que se contentam até mesmo com namoros e sexo on line?]
Desminta-me, se for capaz.
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Lembrete: Chapéu Panamá, a nova guarda do samba, banda em que tocam nossos filhotes Ângelo e Leo, vai aparecer na TV. Domingo 27-01, 15,30h, TV MINAS/CULTURA, programa Feira Moderna (Show completo!):
20 janeiro, 2008
Uma tarde em Ouro Preto
Desta feita, Amélia e eu, mais o filhote Ângelo, passamos uma tarde na antiga Vila Rica. Foi num impulso a decisão. Eram 11h da manhã de quarta-feira e pensávamos o que fazer para o almoço. Amélia sugeriu: Vamos almoçar em Ouro Preto? Não pensei duas vezes: Vamos!

Já em Ouro Preto, estacionamos próximo à igreja do Carmo. Visitamos, então, o Museu do Oratório, no qual se explicita a religiosidade doméstica e peregrina dos séculos XVII e XVIII. O acervo foi coletado e doado pela família Gutierrez, proprietária da famosa construtora Andrade-Gutierrez e idealizado pela filha do patriarca, Ângela Gutierrez.
A igreja do Carmo, imponente sobre a pequena elevação que tem o Museu da Inconfidência voltado para a Praça Tiradentes, é impressionante pela arquitetura barroca, com elementos estrangeiros pouco comuns: pedras italianas, azulejos portugueses e afrescos franceses. Não há aquela típica profusão de dourados, mais comuns ao estilo rococó, o que propicia ambiente místico e contemplativo:
Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em Ouro Preto-MG (foto: clcosta)A natureza se impôs e buscamos o Relicário 1800, restaurante tradicional, que funciona há 38 anos sob a batuta da família de D. Firmina, dublê de marchand e chef. Ocupa, literalmente, as instalações de antiga senzala, cujas paredes de pedra-à-vista são recobertas de obras de arte, pinturas, esculturas e artesanato: 
Escada de acesso ao Restaurante Relicário 1800, em Ouro Preto-MG. (Foto by clcosta)
O cardápio é variado mas qual mineiro recusa um frango-com-quiabo-e-angu? A entrada, mineiríssima: mandioca frita e linguiça de lombo.
No restaurante, deparei-me com uma belíssima obra do José Assunção, que morou e trabalhou em minha terra, Nova Era-MG. Conheci-o pessoalmente: era barbeiro (cabelereiro), até que sofreu um acidente e mudou-se para Itabira-MG. Faleceu há mais ou menos 5 anos e ficou famoso como uma das expressões da pintura primitiva, ou naïve (naïf):
Pintura de José Assunção, meu conhecido de Nova Era-MG (foto by clcosta)
O sol ainda derramava seu calor e sua luminosidade sobre a terra, convidando-nos a permanecer na Vila Rica colonial. Descemos a Rua Direita, dobramos a primeira esquina e caminhamos até a Igreja de Nossa Senhora do Rosário:
Igreja de Nossa Senhora do Rosário, em Ouro Preto-MG (foto by Ângelo)
Ao crepúsculo, em foto do Ângelo, Amélia e eu nos despedimos desta viagem ao passado histórico das Minas Geraes. Algumas horas, apenas, em Ouro Preto e voltamos revigorados à metrópole.
____________Clique nas fotos e entre no álbum.
06 janeiro, 2008
Churrasqueiro de primeira viagem
A estréia foi imediata. Tão logo chegamos em casa, entronizamos o aparelho numa posição estratégica e começou a odisséia: afinal, como é mesmo que se acende o carvão da churrasqueira?
Daí pra frente, só alegria: o churrasco teve acompanhamento de umas geladíssimas Terezópolis e nacos de ciabata. Foi nosso almoço de domingo.
Amélia se lembrou de que tínhamos algumas bananas "caboclas", dadas pela tia Nhanhá, lá de Santa Maria de Itabira. Foram assadas ali mesmo, na churrasqueirinha e num minuto tínhamos a mais maravilhosa das sobremesas: banana assada com açucar, canela e sorvete!
Agora que aprendi, posso convidar:
