07 junho, 2007

A Condessa e o Plebeu

Era uma vez um reino muito distante, daqueles que só existem na imaginação. Ouvia-se falar que o clima era frio no inverno e quente no calor. Às vezes o sopro do vento vinha do nordeste, por isso chamavam-no 'nordestão'. Outro vento, pior ainda, descia dos Andes, enregelando a alma e o seu envoltório, e nomearam-no 'minuano'.

Falava-se, igualmente, de lutas e guerras farroupilhas, do 'homem do laço', do porto, das guaíbas, dos banhados e até mesmo da serra e do néctar que jorra de suas videiras. Seriam paraguaios, uruguaios, platinos ou gaúchos?

Pois que tem alma de aventureiro não se intimida.

Arriei e montei no cavalo ao qual eu chamarei de Fokker 100, da raça TAM. Sacode um pouco, tem selas meio apertadas, veio na base do pinga-pinga (Campinas e Curitiba) e apeei no tal reino, ao sul do equador, mais ao sul do trópico. Setentrional, o reino? Não sou afeito a geografias mas voei pelos céus, sobre montanhas e rios, planícies e outros "acidentes geográficos".

Ao desembarcar, eis que sou recebido por uma condessa, a Condessa Clarissa, acolitada pelo papai e pela mamãe, nobres, todos eles muito nobres.


Nobreza e fidalguia não rimam, mas fazem bem ao coração: quase me matam de tanta emoção (agora, rimou!).







P
alavras não há - socorram-me, poetas e trovadores!
Inspirem-me, musas e ninfas!
Forneçam-me significantes para um significado maior do que eu mesmo, plebeu das grimpas das Gerais, sendo recebido por tão ditoso séquito.

Morram de inveja, se invejosos forem os meus leitores.

Então, o céu estava límpido, o sol brilhava tépido, o vento não era nem minuano nem nordestão, era brisa que vivifica a alma e nos confirma que "amigo é coisa pra se guardar, no lado esquerdo do peito".
A Condessa

No mais, aqui estou. Acabei de chegar, nem esquentei lugar e já estou "em casa", neste reino do Rio Grande.

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